sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Ética jornalística

Neuber Fischer

Ética é ética em qualquer profissão, como escreveu Claudio Abramo e concordo com ele, a ética do jornalista e do marceneiro são as mesmas. Ser ético no jornalismo é seguir o que rege a profissão, ou seja, o Código de Ética, que contém as regras a serem seguidas pelos profissionais, o jornalista tem o dever de informar tudo o que for de interesse público com verdade, imparcialidade, objetividade, respeitando os direitos humanos e a legislação, entre tantas outras questões abordadas no código. Tudo isso na visão de quem fez o código.

Porém na pratica a questão é um tanto quanto diferente, pelo pouco que pude perceber o jornalista ele segue a ética da empresa, que pode algumas vezes não bater com a ética da profissão, concordo em alguns pontos porque o código dos jornalistas é um tanto quanto fantasioso. Vivemos em um mundo capitalista, onde o que manda é o dinheiro, e não adianta dizer que vou seguir a ética ao pé da letra, prefiro dizer que vou seguir os meus princípios que para a sociedade pode ou não ser tão ético.

Sou da seguinte opinião aquilo que não é ilegal, aquilo que é lícito pode ser feito, mas nem tudo que é lícito convém, é ai que entra a moral, a ética da pessoa, o individual. O que é ético pra mim pode não ser para o outro, nem para a sociedade, mas eu prefiro seguir o que eu penso, respeitando o que os outros pensam, a coletividade.

Como futuro profissional eu não me obrigarei a fazer aquilo que vai contra os meus princípios, mas tenho uma visão bastante mercadológica das coisas e entendo que sem dinheiro não se vive, então é um tanto quanto demagógico dizer que farei isso ou aquilo, vai depender das circunstâncias, todo mundo tem um preço. Vou seguir a ética da empresa em que eu trabalhar, que claro eu só vou trabalhar nessa empresa se os ideais dela forem parecidos com os meus. Falo isso quando eu já estiver estabilizado profissionalmente, porque quando se sai da faculdade não dá pra recusar uma primeira oportunidade de trabalho.

Para finalizar, quando li o código de ética do jornalismo, parecia que eu estava lendo algo que não existe, afinal logo no começo diz: a divulgação da informação precisa e correta é dever dos meios de comunicação e deve ser cumprida independentemente da linha política de seus proprietários e/ou diretores. Ai já não bate com a realidade, toda empresa tem sua linha editorial que segue os interesses do dono e o jornalista tem que seguir essa linha ou está fora, então é como eu já disse, pretendo trabalhar na empresa que tiver a linha editorial que se aproxime da minha idéia de fazer jornalismo, que é informar a verdade, de forma clara, tudo aquilo que realmente interessa ao público, mas acima de tudo vender muito, porque a empresa precisa de dinheiro para se manter e eu também, só não farei aquilo que for contra a lei.

Desculpem-me os idealistas, mas o jornalismo com cara socialista já é passado, quem persistir nessa linha está fadado ao fracasso. Basta olhar o mercado de trabalho, ali está a realidade. Na faculdade muitas vezes são passadas teorias que não correspondem a pratica. Por isso penso que o ensino de jornalismo precisa mudar. E o código de ética precisa ser alterado, já que foge em grande parte a realidade.


Texto produzido em 2009 para crédito à disciplina Ética e Legislação em Jornalismo da Profª. Ana Eugênia Nunes de Andrade.

Lei de imprensa e diploma são temas de debate em Pouso Alegre

Neuber Fischer

O I Seminário de Comunicação em Jornalismo, promovido pela Univás e pela Câmara Municipal de Pouso Alegre, com o tema legislação e ética, teve como assuntos centrais, em seu primeiro dia, a revogação da lei de imprensa e a queda da obrigatoriedade do diploma para o exercício do jornalismo. Os palestrantes, o advogado Rovilson Carvalho e o jornalista José Arbex Jr debateram o tema.

Segundo Carvalho, a lei de imprensa continua em vigor, pois só deixará de existir depois do acórdão, ou seja, a decisão definitiva do órgão judicial sobre a lei em questão. De acordo com o advogado, para reverter à situação do diploma não é necessária uma emenda à constituição, “basta que o legislativo crie uma norma que regule a profissão”.

Rovilson Carvalho esclareceu que com o fim da lei de imprensa, “todos os crimes cometidos pelos jornalistas e pelas empresas jornalísticas serão julgados com base no código penal”, ressaltou ainda que a lei de imprensa, criada durante a ditadura militar feria o artigo 5º da Constituição, que trata da liberdade de expressão a qualquer indivíduo, esse foi também um dos argumentos do ministro Gilmar Mendes.

Questionado sobre o direito de defesa e a possibilidade de não ser obrigatório o diploma para o exercício da advocacia, Rovilson afirmou que, na Constituição é livre o direito de defesa, mas há uma norma infraconstitucional que exige formação específica para advogado que é o estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), “o advogado é indispensável à justiça” ressalta.

Apesar de concordar com a decisão do STF em derrubar a obrigatoriedade do diploma de jornalista, devido a liberdade de expressão e pelo fato da obrigatoriedade ir contra a constituição, o advogado concorda que é importante a formação em jornalismo e que é bom que não se abra para qualquer um ser jornalista. De acordo com o advogado ainda é necessário o registro do profissional junto ao Ministério do trabalho


Matéria produzida em 2009 para crédito à disciplina Jornalismo Impresso A da Profª Vânia dos Santos Mesquita.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Jandira: “Sou jornalista de coração e de alma”

Neuber Fischer

Jandira Aparecida Alves de Rezende, jornalista e professora, solteira, nasceu em São Paulo, na Casa Verde, filha de Saulo Alves de Rezende e Olga Ambrosio de Rezende, tem dois irmãos e uma irmã. Quando criança brincar e contar histórias eram com ela mesma, andar de bicicleta, pega-pega e empinar pipa eram suas brincadeiras favoritas.

Por gostar muito de escrever, ler, ser curiosa e inconformada com as injustiças, Jandira descobriu que tinha vocação para o jornalismo e que podia trabalhar em beneficio da sociedade, para que ela fosse mais justa.

Jandira começou seus estudos em jornalismo na Faculdade Cásper Líbero, em São Paulo. Depois motivada pela mudança da empresa em que ela trabalhava, como secretária, a Companhia Paulista de Força e Luz, para Campinas-SP, Jandira transferiu-se para a PUC Campinas, onde se formou em 1982.

O Projeto Rondon, que tinha o objetivo de proporcionar ao acadêmico a oportunidade de conhecer o Brasil, foi onde Jandira teve sua primeira experiência como jornalista. Como profissional do jornalismo Jandira já foi responsável pelo Jornal Sul das Gerais, pelo departamento de jornalismo da Rádio Difusora, pelo Jornal do Estado e Jornal Bandeirante, todos em Pouso Alegre-MG. Jandira Rezende também foi a primeira jornalista formada a trabalhar na Prefeitura de Pouso Alegre e foi correspondente da revista Istoé Minas.

Entre 1985 e 1986, veio um convite desafiador, ser professora. Jandira conta: “Eu era a segunda jornalista com diploma em Pouso Alegre e os diretores da Fundação Universitária do vale do Sapucaí achavam que eu tinha o perfil para ser professora e me convidaram para ajudar na abertura do curso de Jornalismo na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras Eugenio Pacceli”.

Além de lecionar nos cursos de jornalismo e publicidade e propaganda da Univás, Jandira já foi professora na Unifenas, em Alfenas e Unis em Varginha. Desde 1988 ensinando jornalismo, Jandira já foi responsável pelas disciplinas como, assessoria de imprensa, jornalismo empresarial, técnica de reportagem, entrevista, pesquisa, entre outras. Hoje as áreas em que atua com maior freqüência são as disciplinas ligadas ao radio e ao impresso.

“Defender a dignidade das pessoas, a justiça, o que não agrada a todos é meu maior desafio como jornalista”, exclama Jandira Rezende.

Profissionalmente, Jandira se espelhou em professores que teve na infância, como Isóra Pereira Lins e depois os professores da faculdade Francisco Gaudêncio Torquato do Rego, Freitas Nobre e Ciro. Na pós graduação na PUC em Belo Horizonte, as professoras Cremilda Medina e Santaella.

“Meus melhores momentos como jornalista, foi sempre poder ver uma pessoa, a comunidade, uma instituição reconhecer que através do trabalho do jornalista ela pode ser respeitada e como professora é saber que um ex aluno está no mercado de trabalho e feliz, realizado com o que faz, isso me deixa muito feliz”, afirma Jandira.

Pelo que é e por tudo que conquistou Jandira é grata, “Agradeço aos meus pais, à minha família, aos meus amigos e aos professores que estiveram no meu caminho para que eu pudesse obter conhecimento e principalmente, saber valorizar ao ser humano”.

Jandira Aparecida Alves de Rezende, jornalista e professora, solteira, nasceu em São Paulo, na Casa Verde, filha de Saulo Alves de Rezende e Olga Ambrosio de Rezende, tem dois irmãos e uma irmã. Quando criança brincar e contar histórias eram com ela mesma, andar de bicicleta, pega-pega e empinar pipa eram suas brincadeiras favoritas.

Por gostar muito de escrever, ler, ser curiosa e inconformada com as injustiças, Jandira descobriu que tinha vocação para o jornalismo e que podia trabalhar em beneficio da sociedade, para que ela fosse mais justa.

Jandira começou seus estudos em jornalismo na Faculdade Cásper Líbero, em São Paulo. Depois motivada pela mudança da empresa em que ela trabalhava, como secretária, a Companhia Paulista de Força e Luz, para Campinas-SP, Jandira transferiu-se para a PUC Campinas, onde se formou em 1982.

O Projeto Rondon, que tinha o objetivo de proporcionar ao acadêmico a oportunidade de conhecer o Brasil, foi onde Jandira teve sua primeira experiência como jornalista. Como profissional do jornalismo Jandira já foi responsável pelo Jornal Sul das Gerais, pelo departamento de jornalismo da Rádio Difusora, pelo Jornal do Estado e Jornal Bandeirante, todos em Pouso Alegre-MG. Jandira Rezende também foi a primeira jornalista formada a trabalhar na Prefeitura de Pouso Alegre e foi correspondente da revista Istoé Minas.

Entre 1985 e 1986, veio um convite desafiador, ser professora. Jandira conta: “Eu era a segunda jornalista com diploma em Pouso Alegre e os diretores da Fundação Universitária do vale do Sapucaí achavam que eu tinha o perfil para ser professora e me convidaram para ajudar na abertura do curso de Jornalismo na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras Eugenio Pacceli”.

Além de lecionar nos cursos de jornalismo e publicidade e propaganda da Univás, Jandira já foi professora na Unifenas, em Alfenas e Unis em Varginha. Desde 1988 ensinando jornalismo, Jandira já foi responsável pelas disciplinas como, assessoria de imprensa, jornalismo empresarial, técnica de reportagem, entrevista, pesquisa, entre outras. Hoje as áreas em que atua com maior freqüência são as disciplinas ligadas ao radio e ao impresso.

“Defender a dignidade das pessoas, a justiça, o que não agrada a todos é meu maior desafio como jornalista”, exclama Jandira Rezende.

Profissionalmente, Jandira se espelhou em professores que teve na infância, como Isóra Pereira Lins e depois os professores da faculdade Francisco Gaudêncio Torquato do Rego, Freitas Nobre e Ciro. Na pós graduação na PUC em Belo Horizonte, as professoras Cremilda Medina e Santaella.

“Meus melhores momentos como jornalista, foi sempre poder ver uma pessoa, a comunidade, uma instituição reconhecer que através do trabalho do jornalista ela pode ser respeitada e como professora é saber que um ex aluno está no mercado de trabalho e feliz, realizado com o que faz, isso me deixa muito feliz”, afirma Jandira.

Pelo que é e por tudo que conquistou Jandira é grata, “Agradeço aos meus pais, à minha família, aos meus amigos e aos professores que estiveram no meu caminho para que eu pudesse obter conhecimento e principalmente, saber valorizar ao ser humano”.


Perfil produzido em 2009 para crédito à disciplina Jornalismo On-Line da Profª. Patrícia do Prado Marques Cordeiro.

Jornalista e professora, Jandira Rezende é homenageada pelos anos de dedicação a frente do SINPRO Minas


Neuber Fischer

Nos anos de 1990, Jandira Rezende foi convidada para participar de uma das chapas para a eleição da diretoria do Sindicato dos Professores de Minas Gerais, chapa esta, que venceu o pleito, assim, Jandira permaneceu por mais de 10 anos na direção do SINPRO Minas, regional de Pouso Alegre. Agora, depois de anos de dedicação ela é homenageada pelos colegas de trabalho.

Para Jandira, a homenagem é uma demonstração de consideração ao seu trabalho, “Ser homenageada é receber a atenção, o carinho e o respeito dos colegas, que assumiram a nova gestão do Sindicato, que existe há mais de 60 anos” agradece Jandira. Além de diretora do SINPRO, Jandira chegou a ser diretora da FITEE, Federação dos Trabalhadores nos Estabelecimentos de Ensino, onde atuou por cinco mandatos e chegou a ser diretora executiva, tendo que exercer a função três vezes por semana, em Belo Horizonte.

Jandira se aproximou do sindicalismo, através de amigos que defendiam os direitos e a dignidade do trabalhador. “Por isso considero o movimento sindical muito importante para todas as pessoas”, diz Jandira.

Como diretora do Sindicato, Jandira intermediava audiências entre professores e representantes das escolas, participava de congressos, conferências e palestras, sempre defendendo a causa dos professores e auxiliares. Em Pouso Alegre, Jandira conta: “O SINPRO colaborou com as outras categorias de trabalhadores, como o Sindicato dos Comerciários, os movimentos estudantis e outros órgãos que sempre atuaram em benefício do cidadão”.

Jandira afirma que o maior desafio dela, enquanto professora e diretora do Sindicato, foi quando a Fundação Universitária do Vale do Sapucaí, passou por uma crise financeira, e como sindicalista, participou de reuniões com a direção da mantenedora FUVS, para resolver a situação dos salários que estavam atrasados e o reajuste anual, que após várias negociações foi resolvido e pago em parcelas.

Após deixar a direção do Sindicato dos Professores Jandira diz: “Pretende colaborar com o SINPRO Minas, para que o professor seja respeitado, tenha dignidade e possa sempre dialogar com o empregador”.

Jandira deixa um recado a todos os profissionais com relação a sindicalização: “Todo e qualquer trabalhador deve procurar o seu sindicato, conhecer o quê ele faz em prol da classe, da categoria e se filiar, porque só assim é que um sindicato pode ter sua autonomia e batalhar pela causa dos trabalhadores.

Perfil produzido em 2009 para crédito à disciplina Jornalismo On-Line da Profª. Patrícia do Prado Marques Cordeiro.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Marina Silva vai ser presidente?

Neuber Fischer

Marina Silva, 51 anos, negra, filha de seringueiros do Acre, teve uma infância pobre. Hoje é senadora, ambientalista e pedagoga, filiada ao Partido Verde e possível candidata a presidência da república. Seriam estes os atributos capazez de elege-la presidente? Dificil saber. Fato é, que a entrada dela na disputa eleitoral provocou alvoroço entre os demais candidatos.

Marina Silva reúne caracteristicas do Lula, infância humilde, aprendeu a ler aos 16 anos, partiu para um grande centro e entrou para a política. Assemelha-se ao presidente americano Barack Obama, ela é negra. E reúne o apelo mundial pela preservação do meio ambiente, é discipula do ambientalista Chico Mendes, foi Ministra do Meio Ambiente e é considerada pelo jornal the Guardian uma das 50 pessoas capazes de salvar o planeta.

A questão é que Marina Silva ainda não decolou nas pesquisas. Na última sondagem do CNI/Ibope, Marina obteve 6% das intenções de voto, atrás de Heloísa Helena do PSOL, que tem 8%, Dilma Roussef do PT 14%, Ciro Gomes do PSB 14% e José Serra do PSDB com 34%. Em outro cenário, Ciro Gomes lidera com 25%, Dilma tem 16%, Aécio Neves 12%, Heloisa Helena 11% e Marina Silva 8%. Nos dois casos ela está em último lugar.

A explicação para o resultado pode estar na pouca popularidade de Marina, ela é conhecida por apenas 18% do eleitorado e é rejeitada por 37% destes.

Embora ainda estejamos a um ano das eleições, é preciso ação. Pesquisas como estas levam o eleitorado brasileiro, infelizmente, a optar pelo candidato que está na frente, é uma questão cultural. Marina Silva precisa andar pelo País mostrando sua imagem, ligada a boa repercussão internacional de seus trabalhos. A candidata do PV é sem dúvida a grande novidade das eleições 2010, e uma boa novidade, diga-se de passagem.

O nome dela fez com que a mídia mudasse o foco, e deixasse de polarizar as atenções entre PT e PSDB. O Brasil tem uma alternativa, é preciso analisar cada candidato antes de votar, e Marina reúne características de uma presidente, basta olhar e perceber que até o momento ela é a melhor opção.

A campanha na internet está liberada, Marina que é de um partido pequeno, o PV, vai ter pouco tempo no rádio e na TV, mas pode utilizar as armas que elegeram Obama nos EUA, para se mostrar e divulgar seus projetos. Sites de relacionamento e blogs devem ser o foco da candidata.

Esperamos uma eleição limpa, com debates esclarecedores, para que possamos escolher o melhor candidato para votarmos conscientes.


Artigo produzido em 2009 para crédito à disciplina Jornalismo Impresso A da Profª Vânia dos Santos Mesquita.

A programação da TV brasileira

Neuber Fischer

A TV aberta ocupa papel de destaque no cotidiano da sociedade brasileira, é o veiculo mais consumido pelo público. Mas ela vem desempenhando seu papel como meio de informação, entretenimento e prestação de serviço? Acredito que não! E vou dizer o porquê.

Diariamente ligamos o televisor para saber o que está acontecendo no mundo, para nos divertirmos, passar o tempo. Mas de um tempo pra cá tem sido um martírio acompanhar os programas exibidos na TV.

De segunda a sexta a programação pouco varia de um canal para o outro, Globo, SBT, Record, Band e Rede TV, as cinco redes do país, exibem uma programação quase idêntica, não fossem os artistas e jornalistas que aparecem na telinha. E olha que as vezes até eles são parecidos, cabelo, roupa, modo de falar, um inspirado no outro.

Logo no começo da manhã, todas as redes exibem telejornais, que abordam as mesmas pautas, não adianta zapear, você não vai encontrar nada diferente. Mais tarde, mas ainda de manhã, ou se vê desenhos, na maioria japoneses, que são o que há de pior em termos educativos, é luta e poder para todo lado, e as crianças pobres coitadas ficam na ilusão de que um dia serão daquele jeito. E a violência aumenta a cada dia, talvez até não seja uma ilusão, apenas trocam os raios laser que saem das mãos por armas de fogo. Ou assistimos programas femininos, que mais se parecem com games, porque o que mais se faz ali é dar dinheiro em jogos via telefone. Informação para mulher, ah! Isso é raridade.

Na hora do almoço, ô hora ruim! Se não ver esporte, com aquelas mesas redondas intermináveis, que discutem o que não se discute, futebol, ver o quê? Seriados que já passaram e se repetem há anos, telejornal que dá receita e roteiro de viagem, ta feia a coisa!

À tarde, ai é uma coisa de loco, é sem dúvida o pior horário. O que podemos assistir: Seriados e filmes reprisados por centenas de vezes, novelas repetidas e baixaria. No SBT é o Casos de Família com Cristina Rocha, ex Aqui Agora, sabe fazer barraco como poucos, orientar as famílias, o que seria o mínimo para o programa, nunca vi, exploram as brigas e casos esdrúxulos. Depois vem o Ratinho, esse já é conhecido por devassar casos que rendem polêmica, assistencialismo e prêmios são com ele mesmo. Na Band, Márcia e suas loucuras, “Mexeu com você, Mexeu comigo” que bobagem! Na Rede TV, a jornalista Sonia Abrão vive às custas de artistas e programas de outras emissoras, fala e fala, e como ela fala, até que o assunto se esgote, BBB é um deles, vez ou outra ela consegue a façanha de dar uma de jornalista investigativa e policial e acompanha um caso, que via de regra envolve crime, até de negociadora de seqüestro ele já se passou. Na Record o sem graça e não menos polêmico Geraldo Brasil, que até agora não definiu sua linha de programa, mas é um dos piores.

Chega à noite, quem pensava que teríamos boas atrações, enganou-se. Começo pela Band, Datena e o caos urbano, ele torce por uma enchente, em dias assim a audiência do programa vai as alturas, seria bom se ele usasse o espaço para prestar serviço e informar, mas isso não ocorre. Depois vem o telejornal, até não é ruim, mas a emissora dos Saad sofre por não possuir muitos recursos, então fica limitada. Mais tarde Humor de péssima qualidade com uma Escolinha que tenta imitar a do Chico Anísio, mas fica longe, e para encerrar vem Igreja e o sermão do Missionário R.R. Soares, ninguém merece!

Na Rede TV é fofoca, com o TV Fama, que abusa e invade a vida dos artistas. Mais tarde um jornalzinho furreca, sem falar nos cenários virtuais que deixam o telespectador zonzo e apresentadores perdidos. E o símbolo do que é ruim, Luciana Gimenez, essa dispensa comentários.

Na emissora do bispo Macedo, jornalismo, até que bom, mas muito tendencioso. Novelas, mesmo com todo investimento e tecnologia, chatas e mal feitas, com atores de segundo escalão. Pra encerrar a noite o canal exibe uma programação variada, com realities e séries de sucesso que costumam ser bons.

Na TV de Silvio Santos, ai meu Deus! Séries americanas, jornalismo, o mais livre, diga–se de passagem, mas que recebe pouco investimento e uma novela terrível de ruim em todos os sentidos. O que salva é a linha de shows às 8 horas da noite, cada dia é um programa diferente e bom, cumprem a função de entreter, e às 11 horas da noite com programas tradicionais e filmes, embora hoje em dia tem-se repetido demais os filmes.

Na emissora dos Marinho, novelas, que já foram boas, hoje pela falta de criatividade, os autores só pensam em remakes, não conseguem criar, refazem o que já foi feito. Com algumas exceções, claro, mas novela é novela, sempre a mesma coisa, começamos a assistir e já sabemos o final. O Jornal Nacional, ainda é o melhor do país pela estrutura que a Globo possui, mas peca pela linha editorial, que sabemos bem qual é, a Globo pende para o lado que está mais forte, sempre.

De madrugada, quase ninguém assisti, mas deveriam, é nesse horário que estão os programas, séries e filmes melhores, por que será? Talvez não queiram que o povo tenha acesso a produtos de qualidade, e se tornem culturalmente melhores.

Chega o final de semana, sábado é um dia perdido, em meio a desenhos, Xuxa, séries repetidas, filmes velhos, calouros e auditório, vemos o dia passar sem nada que preste. Uma ressalva ao Caldeirão do Huck, que não é tão ruim assim, mas copia tudo de fora, não cria nada.

Domingo dia de almoço e TV em família, o sacrifício! Futebol, se você torce para o Corinthians, São Paulo, Palmeiras, Flamengo, está bem servido, quase todo domingo são os jogos destes times que são exibidos, o resto tem que se contentar com as raríssimas vezes em que a transmissão ocorre. Vemos uma sucessão de programas todos literalmente idênticos, muda-se o apresentador, o cenário nem tanto, mas os quadros, esses são cópias descaradas, reparem: Auto Esporte lembra o Vrum, Esporte Fantástico é cópia do Esporte Espetacular, Programa do Gugu é idêntico ao Domingo Legal, Eliana é o espelho do Tudo é Possível, Domingo Espetacular é gêmeo do Fantástico, Silvio Santos é parecido com Faustão. Os cardápios são muitos, os pratos variados, mas os ingredientes são sempre os mesmos, Eu estou enjoado. Você não?

Qual seria o problema, público passivo, falta de criatividade, ou acomodação? Seguindo a risca os dizeres de Chacrinha, “Na TV nada se cria, tudo se copia”. É uma pena, o brasileiro merece mais atenção das televisões, são eles que dão a audiência e conseqüentemente o faturamento das empresas, o mínimo que deveriam fazer é cumprir com a obrigação de oferecer conteúdo de qualidade ao telespectador. O público também tem que fazer sua parte e mudar de canal para procurar outros conteúdos, só assim acaba o monopólio e todas as TVs terão condições e recursos suficientes para produzir boas atrações e atender ao apelo da sociedade. A esperança é a última que morre, quem sabe não melhora daqui algum tempo, vamos aguardar, mais não de forma passiva, é preciso agir e exigir nossos direitos de consumidor. Queremos mais que qualidade em definição e imagem, queremos conteúdo de qualidade.


Artigo produzido em 2009 para crédito à disciplina Jornalismo Impresso A da Profª Vânia dos Santos Mesquita.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Broadcast News - Nos Bastidores da Notícia


Neuber Fischer

"Broadcast News - Nos Bastidores da Notícia", roteiro e direção de James L. Brooks, dá uma visão real, ainda que caricata, do que eram os bastidores de um telejornal norte-americano, nos anos 1980, ao acompanhar três personagens: uma produtora, a neurótica Jane Graig, vivida pela atriz Holly Hunter; um âncora carismático, mas burro, o Tom, interpretado por Willian Hurt; e Aron, vivido por Albert Brooks, um jornalista talentoso mas fora dos padrões para estar diante das câmeras.

Os três formam um triângulo amoroso enquanto passam por peripécias, conflitos e confusões com muita comédia. Entre a correria de colocar no ar todas as manchetes do dia, desenvolve-se uma trama que envolve romance, vaidade e disputas.

Jane uma jornalista, produtora exigente e perfeccionista, obcecada pelo trabalho, amiga e companheira de Aron, um repórter de primeira, mas considerado feio, os dois se deparam com Tom, o novo colega de redação, apresentador e galã. O problema é que Tom representa tudo o que Jane sempre odiou dentro do meio profissional, um cara que nunca escreve os textos que lê e, na maioria das vezes, não entende dos temas que apresenta no programa. Aron, por sua vez, vê Tom se tornar o queridinho do chefe e ocupar o posto que ele tanto sonhava, o de âncora. Apesar de tudo isso Jane se apaixona por Tom, enquanto seu amigo Aron se apaixona por ela.

Lançado em 1987, o Longa-metragem, colorido, de 133 minutos, produzido pela 20th Century Fox, Amercent Films, American Entertainment Partners L.P., Gracie Films e


distribuído pela 20th Century Fox e Fox Film, recebeu sete indicações ao Oscar (Melhor Ator - Hurt, Coadjuvante - Brooks, Atriz - Holly, Fotografia, Montagem, Filme e Roteiro Original), mas não levou nenhum. Naquele ano o grande vencedor do Oscar foi Bernardo Bertolucci com o ''O Último Imperador''.

Nos bastidores da notícia conta ainda com a participação de Jack Nicholson, âncora de rede, que aproveita com seu personagem para satirizar os apresentadores americanos. O filme tem uma queda do meio para o fim e conclui de forma melancólica. De uma maneira geral, são os atores que tornam interessante um tema que pode não atrair tanto aos que não são do meio jornalístico e da TV. Para quem é do meio o filme retrata dilemas éticos da profissão e da mídia, bons para refletir. Benefícios financeiros, romantismo do profissional e da notícia, culto das falsas imagens, imagem de marca, técnicas de aliciamento para adquirir do funcionário aprovação e confiança, uso da técnica de coerção para cobrar competência e resultados, o poder do dono do jornal ou do editor-chefe que pode ser exercido dentro da redação de forma a prejudicar a carreira de muitos jornalistas, a falta de consideração ao demitir um profissional, romance no trabalho, pressa, falta de apuração, mentira, falsidade, vaidade, deslealdade. Falhas não só éticas, mas morais também, tanto do profissional como de qualquer cidadão comum, que vive em sociedade.


Resenha produzida em 2009 para crédito à disciplina Teorias do Jornalismo da Profª Maria Eunice de Godoy Machado Teixeira.

Vítima de leucemia luta por transplante de medula

Neuber Fischer

A leucemia, que é um grupo de cânceres que afeta as células brancas do sangue, assola cerca de 30 mil pessoas no Brasil, desse total aproximadamente 1600 necessitam de transplante urgente e buscam diariamente um doador de medula óssea, uma missão difícil já que as chances de se encontrar uma pessoa compatível é de uma em 1 milhão. Renata do Couto Rosa Silva, de 25 anos, mãe de três filhos, luta contra a leucemia há cinco anos. Os irmãos de Renata fizeram o teste de compatibilidade e nenhum deles foi compatível.

O prognóstico e tratamento difere de acordo com o tipo de leucemia. Renata, já passou por rádio e quimioterapias, cirurgias e já tentou o transplante autólogo de medula (transplante onde o paciente doa pra si mesmo). Atualmente Renata faz campanhas para conseguir doadores, para ela e para outras pessoas que necessitam de um transplante. Na última campanha realizada em Estiva no dia 22 de maio de 2009 foram cadastrados 1786 doadores, as próximas campanhas serão no dia 25 de setembro em Conceição dos Ouros e em Pouso Alegre.

Segundo Renata, a iniciativa de começar as campanhas surgiu depois de uma visita ao Instituto da Criança em São Paulo, onde ela conheceu Jonatan um menino de 11 meses “Quando olhei aquela criança perdendo sangue pelo nariz, com sonda, fiquei sem dormir, falei pra minha mãe eu tenho que fazer alguma coisa”.

Existem duas formas de doar as células-mãe da medula óssea. Uma relacionada à coleta das células diretamente de dentro da medula óssea (nos ossos da bacia) e a outra por filtração de células-mãe que passam pelas veias (aférese). De acordo com o médico clínico geral e cardiologista, membro da equipe do MG Transplantes, em Pouso Alegre, Fabrício Rodrigues dos Anjos, o cadastramento dos doentes e doadores é nacional regionalizado “Os pacientes e doadores se cadastram na regional e a seleção é de acordo com a compatibilidade”.

Podem ser cadastradas pessoas de 18 a 55 anos. São retirados apenas 10 ml de sangue. Este material é analisado para saber se a pessoa está apta ou não a fazer parte do Redome – Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea. O cadastro consiste no preenchimento de uma ficha de identificação e na coleta simples de sangue para o teste de compatibilidade. Somente depois de o sangue ser analisado é que esta pessoa poderá ou não ser inserida no registro de doadores.

Os transplantes são feitos único e exclusivamente pelo SUS, Sistema Único de Saúde e são gratuitos. Segundo Dr. Fabrício, hoje em dia as chances de sucesso de um transplante são muito maiores que no passado, “A pessoa transplantada, na maioria das vezes, volta a ter uma vida quase normal, apenas deve comparecer periodicamente a consultas médicas e exames, além de consumir medicamentos”.

A conscientização e a informação são a base de tudo, com a doação pode-se salvar uma vida. Emocionada Renata diz: “O meu doador pode estar do meu lado, mas se ele não se cadastrar e fizer o teste eu não vou saber”.

Renata afirma que toda semana quando vai à São Paulo, os médicos dizem “ Não adianta você vir aqui, não tem jeito, não tem nada para fazer sem doador, mas eu não desisto, se não for por mim, minha luta vai ser pelos outros.

Ao encerrar a entrevista Renata agradece a Deus e seus três filhos, a família e amigos pela força e apoio dados em todo o tempo desde a descoberta do câncer.


Matéria produzida em 2009 a partir de informações obtidas em coletiva de imprensa, para crédito à disciplina Jornalismo Impresso A da Profª Vânia dos Santos Mesquita.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

STARTE - Manoel de Barros

Neuber Fischer

A série sobre o poeta Manoel de Barros apresentado no programa STARTE da Globo News, em comemoração aos 10 anos da emissora, foi exibida em duas partes de 21 minutos e 50 segundos e 21 minutos e 57 segundos, totalizando 43 minutos e 47 segundos, respectivamente nos dias 09 de agosto de 2005 e 20 de dezembro de 2005. Produzidos pela Videolar S.A, sob encomenda de Youle Filmes Ltda, os dois programas dessa série são apresentados por Bianca Ramoneda e foram gravados e distribuídos em DVD. Eles oferecem uma rara oportunidade de ouvir o poeta em dois momentos de preciosas conversas.

Manoel de Barros é um dos maiores nomes da poesia brasileira, reservado e discreto, prefere dar entrevistas por escrito, onde se sente mais a vontade com as palavras. Autor de mais de 20 livros, inventor de palavras, advogado e fazendeiro, aos 88 anos, continua brincando no quintal das palavras. Manoel de Barros se diz alegre por ter conseguido preservar a capacidade criadora ao longo de toda a vida. A infância é a principal fonte de inspiração para seus poemas.

O programa e a entrevista conduzidos pela jornalista Bianca Ramoneda possui um cenário virtual, nos estúdios, onde se inicia a apresentação. O primeiro vídeo da série tem como título “Manoel por Manoel” e foi gravado na casa onde mora o poeta, em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Manoel de Barros fala sobre a criação artística, a inspiração para escrever seus versos. Mostra carinhosamente o lugar onde se recolhe, o pequeno escritório onde cria e guarda seus valiosos rascunhos. Em meio a livros, em uma casa de mobílias antigas, versos e pensamentos do poeta surgem na tela para ilustrar a entrevista, que utiliza vários ângulos e planos ao longo da conversa.

No segundo programa intitulado, “Manoel de Barros, uma aventura poética”. A apresentadora Bianca e sua equipe fazem uma viagem pelo Pantanal, terra da infância do poeta e que, segundo ele, fertiliza suas palavras. Belas imagens aéreas e da natureza exuberante do local preenchem o cenário. Na cultura pantaneira, na linguagem usada no interior do Brasil e na força da natureza encontra-se a fonte da poesia de Barros. E é o próprio Manoel quem conduz a aventura pelo Pantanal e pelos seus versos. Na beira do rio e caminhando pelo campo ocorre a entrevista. Quem também dá algumas declarações é a esposa de Manoel, Stella Barros. No vídeo, Bianca mescla trechos da entrevistas com a leitura de trechos de poemas de Manoel de Barros, que tem como uma das peculiaridades, criar palavras.

Em ambos os programas uma bela trilha sonora instrumental de Aloísio Didier se alia ao som ambiente para preencher nossos ouvidos. As imagens são de Eglédio Viana; técnica Marcos Coelho; roteiro e edição de Thereza Walcacer, Bianca Ramoneda e Mariana Estill Sabino; edição de imagens de Magno Mendonça e Alex Fontes e arte Eduardo Bernardes. As ilustrações da capa do DVD e dos desenhos que aparecem ao longo do programa são de Martha Barros. Uma produção da Central Globo de Jornalismo; chefe de redação Vera Iris Paternostro; direção Rosa Magalhães; direção geral Alice Maria; sob a responsabilidade de Carlos Henrique Schroder.

O DVD é uma boa pedida para quem curte literatura, em especial poemas e poesias, e Manoel de Barros é um exemplo de simplicidade e dom de escrever. Curto e leve o vídeo é facilmente entendido e apreciado, além de contar com o bom trabalho de profissionais que sabem o que faz como Bianca Ramoneda e a equipe do Starte.


Resenha produzida em 2009 para crédito à disciplina Jornalismo Impresso A da Profª Vânia dos Santos Mesquita.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

CINEMA ou JORNALISMO

Neuber Fischer

Aos 21 anos ele optou por jornalismo apesar de adorar cinema, Julian Andrew Reyes Rigotti, natural de Pouso Alegre cidade onde reside até hoje, filho do brasileiro Marcos Antonio Rangel Rigotti e da chilena Sandra Hayde Reyes falecida há seis anos devido um câncer, iniciou seus estudos no curso de comunicação social - jornalismo na Univás, Pouso Alegre em fevereiro de 2008, apesar de seu grande sonho ser cinema.

A princípio, Julian que já fez um curso básico de cinema e já produziu e atuou em uma média metragem de aproximadamente 35 minutos, chamado Vida bandida e em um clipe de nome Blaze of glory, ambos disponíveis no youtube e tem como ídolo o cineasta Quentin Tarantino, queria cursar faculdade de cinema, mas devido à dificuldade de acesso para esse tipo de curso que são poucos no Brasil e o mais próximo de Pouso Alegre fica na cidade de São Paulo, ele optou por cursar jornalismo, talvez a área que chegue mais próximo de cinema ao seu alcance, já que ambos os cursos são ligados à comunicação social, Julian já esta há um mês no curso.

Julian sempre estudou em escola publica e reflete bem o que acontece com muitos jovens no Brasil. No inicio, quando criança era um bom aluno apesar de travesso e fechado, na adolescência se tornou um tanto rebelde, a morte da mãe quando Julian tinha 15 anos talvez tenha influenciado a mudança de comportamento, nessa mesma fase que já é difícil para todo adolescente ele enfrentou essa dura perda, teve contato com as drogas, iniciou seu primeiro namoro e passou a praticar skate e curtir bandas de rock, na escola gostava de ciências, mas seu desempenho era melhor em literatura e português, nessa época pensava em estudar filosofia, nessa mesma fase aos 17 anos através do contato com uma tia chilena conheceu a filosofia Hare krishna, apesar de ser católico praticou a filosofia hindu por quatro anos, aderindo ao vegetarianismo, hoje já não segue mais essa filosofia apesar de ainda apreciar e voltou a comer seus pratos prediletos, em especial as massas, como pizza e vinho chileno.

Hoje, Julian um jovem equilibrado professor de espanhol no centro de treinamento ápice, tem como herói Jesus cristo, aprecia muito a cultura oriental, adora moto e seu sonho de consumo é uma Harley Davidson, adora filmes de gangster como O poderoso chefão de Francis Ford Coppola, tem muitos colegas, namora, é fluente em espanhol, língua que herdou da mãe e pretende ainda falar em inglês e francês, tem como ídolos alem de Tarantino no cinema, Paco de Lúcia na musica e Arnaldo Jabour que também é ligado ao cinema no jornalismo, pretende se formar em jornalismo e trabalhar como produtor e repórter de TV na área cultural, não abandonando sua veia de cineasta, gostaria muito de conhecer a Espanha, o México e o Oriente, já esteve no Chile e na Argentina em 2007.

Em síntese, Julian representa o típico jovem que em meio a muitas dificuldades e duvidas sobre o que ser no futuro ( filosofo, musico, cineasta) é um professor de espanhol, cineasta e musico nas horas vagas e futuro jornalista, que diante dos empecilhos para cursar uma faculdade de cinema, provavelmente fez a escolha certa, jornalismo que nada tem a ver com cinema apesar de ambas serem comunicação social, essa carreira lhe dará base para profissionalmente alcançar seus objetivos, assim ele mostra que se não dá para fazer o que se quer pelo caminho mais óbvio, pode-se ir por outros caminhos para chegar no mesmo destino.


Perfil produzido em 2008 para crédito à disciplina Laboratório Aplicado ao Jornalismo da Profª Ana Eugênia Nunes de Andrade.

Branca de Neve, moderna, não morre salva por um antiácido

Neuber Fischer

Estréia nesta segunda-feira (30) "Branca de Neve". Peça teatral relembra o clássico infantil com um ton moderno e divertido.

Na peça, os alunos do curso de Comunicação Social da Univás Amanda Cortez, Marcílio Brasileiro, Neuber Fischer, Renata Pierini e Tiago Veríssimo com a orientação do professor de teatralidade e expressão corporal Lúcio Marques contam um trecho da história da Branca de Neve, moderna, atual, onde a mocinha é envenenada, passa mal e é salva não por um beijo, mas por um antiácido que está sendo lançado no mercado com o nome “Invejazil”.

Com duração de no máximo 3 minutos a peça mistura humor e merchandising, para todos os gostos. Dia 30/06 ás 19:00 na Universidade do Vale do Sapucaí – Campus Fátima – Sala PP1. Classificação livre.


Artigo produzido em 2008 para crédito à disciplina Teatralidade e Expressão Corporal do Prof. Mario Lúcio.

Uma Segunda leitura da Primeira Página

Neuber Fischer

Uma segunda leitura da primeira página é um texto sobre a interpretação das capas dos jornais a partir do texto e da imagem. Como afirma Boris Kossoy, “a composição entre texto e imagem cria um novo texto,..., visando gerar uma nova compreensão dos fatos”. p.83.

Ver e registrar. Tudo o que se vê é registrado de alguma forma, seja mentalmente ou em um suporte externo como a fotografia, com a intenção de compartilhar e comunicar. “Ver precede as palavras...”. (BERGER; 1999:9) p.84.

A fotografia na construção dos mundos. A fotografia desde seu surgimento tem sido utilizada como testemunho da realidade da verdade. O papel da fotografia é conservar o passado. Em um primeiro momento é uma ilustração que passa a ser informação. As imagens são atemporais e conservam a memória viva. “Muitos acreditavam que a fotografia fosse uma evidência a favor dos fatos”. (SCHERER; 1996:70) p.85.

Os fatos o real e o compromisso com a verdade. A fotografia utilizada no jornalismo tem como missão retratar a verdade, a realidade dos fatos. “Uma idéia é verdadeira quando corresponde a coisa que é seu conteúdo e que existe fora de nosso espírito ou de nosso pensamento”. (CHAUÍ; 1997:100) p.89.

O que é visto, o que é publicado. A fotografia embora retrate o real, um momento ocorrido, não informa a realidade dos fatos que envolvem o momento fotografado, para a compreensão da informação é necessário o texto, o título, a legenda que complementam e fazem entender a situação do fato ocorrido. Na fotografia nem sempre o que parece é. Imagens podem, mas não devem, ser adulteradas, e o texto aliado a imagem pode dar margem a múltiplas interpretações. Intencional ou não, essa é uma prática corriqueira nos jornais impressos. “No caso das fotografias que são veiculadas pelos meios de comunicação o processo de construção da representação não se finaliza com a materialização da imagem através do processo de criação do fotógrafo”. (KOSSOY; 2000:54) p.92.

Muitos não percebem, mas indiretamente, jornais estampam em suas capas fotos e manchetes, que aliados sugerem interpretações que demonstram a linha editorial do jornal. Como a foto citada no texto analisado, a fotografia que nada tinha a ver com a manchete dava a entender que os fotografados mandavam o sujeito da manchete embora, a questão é que a foto era a imagem de uma situação e a manchete de outra completamente diferente, mas o jornal utilizou a artimanha para atrair o leitor e vender mais jornais. No entanto a foto era uma manchete e o título outra manchete, ou seja, duas chamadas atrativas na primeira página. Este é um recurso amplamente utilizado na mídia impressa.

Importante é ressaltar que a foto por si só não informa completamente, ela mostra um momento, que pode sugerir varias situações, mas para que ela seja interpretada corretamente e passe a informação clara e precisa se faz necessário o uso de legenda, título e texto bem feito, como manda o bom jornalismo.

GONÇALVES, José Roberto. Uma Segunda leitura da Primeira Página. Conectiva-Revista de Estudos Midiáticos, Pouso Alegre, ano 1. n. 2, p. 83-98, jan/jun. 2004.



Fichamento produzido em 2009 para crédito à disciplina Laboratório de Fotojornalismo da Profª. Ana Eugênia Nunes de Andrade.

sábado, 7 de novembro de 2009

Remédios vencem e são desperdiçados em Postos de Saúde

Neuber Fischer

A população procura por remédios e não encontram, enquanto isso medicamentos vencidos são jogados fora em local indevido, na sala do dentista, em Posto de Saúde em Ouro Fino. A Secretaria de Saúde, responsável pela compra, admite que 1%, aproximadamente 200 unidades, passam do prazo e são descartados mensalmente. Uma empresa especializada se encarrega de incinerar as drogas vencidas.

A Divisão de Saúde disponibiliza para a população cerca de 20 mil unidades de medicamentos ao mês, divididos em 180 tipos. Entre eles estão os que combatem a pressão alta, diabetes e doenças do coração. A compra é realizada trimestralmente e de acordo com a procura da população se define a quantidade a ser adquirida.

O farmacêutico responsável pela Farmácia Municipal, C. F. garante que existe um controle das datas, mas alguns medicamentos são perdidos. Ao faltar três meses para o vencimento os remédios são colocados em quarentena para a distribuição.

Ainda de acordo com C. nunca aconteceu de remédios serem distribuídos vencidos, mas segundo S. R. da C., trabalhadora rural, ao procurar por um medicamento usado no combate a anemia, recebeu das mãos do agente de saúde R. A. cinco cartelas de comprimidos vencidos.

A reportagem fez contato com R. A., agente de saúde responsável pela Unidade Básica de Saúde do bairro São Judas, e ele disse que não se recorda de ter distribuído medicamentos vencidos. No entanto, R. confirmou que medicamentos vencem com frequência. Cerca de 50 unidades, são desperdiçadas ao mês. Ainda segundo R. acontece das pessoas procurarem remédios e só encontrarem vencidos.

Em visita feita ao Posto, constatou-se que os medicamentos vencidos são depositados em sacos de lixo. Naquele dia R. mostrou mais de 100 cartelas no lixo. Tal situação configura também que além do desperdício, a manipulação do material é irregular.

A prefeitura adquire os medicamentos com base em uma estatística, se em um mês saíram cerca de 100 unidades, como a compra é feita para 3 meses, na próxima compra adquire-se 300 unidades.

A secretária de saúde de Ouro Fino, S. P., afirma que trimestralmente são gastos cerca de 120 mil reais com medicamentos, o que representa 5% do orçamento da saúde do município. Segundo ela existem falhas no planejamento das compras dos medicamentos, mas que o possível vem sendo feito para diminuir o desperdício e oferecer o maior número de remédios para a população. Ainda, de acordo com a secretária, o volume de vencidos representa pouco frente ao total de medicamentos e a intenção é diminuir ainda mais, com relação à manipulação dos vencidos ela garante que não sabia que medicamentos estavam sendo depositados no consultório do dentista e que medidas serão tomadas para regularizar a situação.


Reportagem investigativa produzida em 2009 para crédito à disciplina Jornalismo Impresso A da Profª. Vania dos Santos Mesquita.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Escolas de idiomas celebram “Halloween”

Neuber Fischer

Uma das datas mais importantes do calendário norte-americano, o ‘Halloween’, popularmente conhecido como “Dia das Bruxas”, e comemorado em 31 de outubro, tem se tornado, cada vez mais, popular no Brasil. A principal divulgadora e incentivadora da transmissão desta cultura têm sido as escolas de inglês e bilíngüe.

A comemoração no Brasil, começou há alguns anos, é uma festa, que também se popularizou no país, com a chegada da TV a cabo, e com os filmes de Hollywood. A data tem mais de 2.500 anos de história, é própria da cultura de países de língua inglesa, como Estados Unidos, Reino Unido e Canadá e se baseia em celebrações do povo Celta.

Segundo o franqueado e professor de uma escola de idiomas, Daniel Moreira Lupinacci, a palavra ‘Halloween’ é uma aglutinação de duas palavras em inglês, a saber: ‘hallow’ - sagrado; mais ‘evening’ – noite, estas duas palavras deram origem à ‘Halloween’, uma noite sagrada. “Quando surgiu era uma festa feita para celebrar o dia dos mortos, era um dia sagrado para os celtas. Depois, para os cristãos este dia se tornou, o “Dia de Todos os Santos”, e o termo em inglês era ‘All Hallow Eve’, que acabou se tornando ‘Halloween’, explica.

Ana Clara Valle Barbosa, 16 anos, estudante e aluna de inglês, conta que teve mais contato com o ‘Halloween’, depois que começou a estudar a língua. E quando foi para os EUA, os tios dela que moram lá, contaram um pouco como é a comemoração americana. Ana considera interessante a cultura dos americanos. “É uma tradição bem divertida, as pessoas se fantasiam, enfeitam as casas, recebem as crianças”.

Para o professor de inglês, as escolas de idiomas têm forte participação na disseminação do ‘Halloween’. “além de ensinarmos a língua inglesa gostamos de ensinar um pouco sobre a cultura americana, isto pode, despertar o interesse do aluno para aprender o idioma, é uma forma de tornar o aprendizado mais prazeroso e interessante”, relata Daniel.

As escolas de inglês, em geral, celebram este dia com brincadeiras; fantasias de bruxas, caveiras, vampiros; comidas, bebidas e decoração típicas como abóboras, velas, morcegos, aranhas, nas cores da festa, que são laranja, preto e roxo. Daniel ensina uma das brincadeiras mais famosas, é a ‘Corrida das Múmias’. “Duas crianças enrolam uma terceira com papel higiênico e as múmias devem sair correndo de um ponto a outro, quem chegar primeiro, ganha”.

Na semana da festa, os alunos aprendem com explicações contidas no material didático, sobre o “Dia das Bruxas”. “Explicamos um pouco sobre o ‘Halloween’, e fazemos isto tudo, em inglês. Teve um ano que fizemos várias ‘Jack o’lantern’ com eles, que é uma careta feita nas abóboras” contou Daniel.

Nos EUA a comemoração do ‘Halloween’ é aguardada, principalmente pelas crianças, que saem fantasiadas às ruas para pedirem guloseimas com a famosa pergunta “Trick or treat” – Doces ou Travessuras? Caso a criança não ganhe o doce, ela faz uma travessura com a pessoa, que negou o pedido. Segundo Daniel “geralmente quando os americanos têm filhos pequenos eles compram fantasias, fazem ‘Jack o’lantern’ com eles, e essas crianças saem às ruas pedindo por guloseimas. As escolas fazem festas para os adolescentes também.

Além de agradar ao povo americano, o ‘Halloween’ tem movimentado também a economia brasileira. “Normalmente, fabricamos, em média, 80 toneladas de doces. No ‘Halloween’ este número fica entre 500 e 700 toneladas. São produtos com preços, e embalagens especiais para a data”, conta Antonio Romualdo da Silva, gerente de exportações de uma empresa de balas e doces.

As lojas de fantasias e decorações também agradecem o faturamento, que nesta época do ano, aumenta em torno de 40%, conta Pierre Sfeir, dono de loja. Outro segmento que comemora a popularização do “Dia das Bruxas” no Brasil é o de serviços de recreação de festas. “A cada ano, nós dobramos o número de eventos voltados ao tema. Só no dia 31, temos mais de dez festas agendadas. Apesar de termos um ‘casting’ grande, ainda falta gente. Muitas casas noturnas também contratam nossos serviços nessa época”, afirmou Rodrigo Frias, sócio-proprietário de empresa.

Daniel Lupinacci, que morou nos EUA por três anos e viu de perto as celebrações do halloween americano, acredita que é importante que o aluno que aprende inglês, também conheça a cultura americana e de outros países de língua inglesa. Para o professor a interferências de uma cultura, no caso a americana, em outra, a brasileira, não é prejudicial, “apenas não podemos deixar de lado nossas tradições”.

Ana acredita que o halloween não descaracteriza o Brasil. “Acho que não faz parte da cultura brasileira é somente uma cópia da cultura americana”. Este ano no dia 31, sábado, Ana pretende celebrar o “Dia das Bruxas” na escola, junto com os professores e colegas.


Matéria produzida para a Extensão em Jornalismo Impresso do curso de Comunicação Social - Jornalismo da UNIVÁS.
Atividade supervisonada pela Prof.ª Ana Eugênia Nunes de Andrade.
Publicada no Jornal do Estado em Pouso Alegre-MG, em 30 de outubro de 2009
Edição 1898 / Ano 24 / Pág. 6

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Direto na Notícia - Cantina Univás




Video produzido em 2008 para crédito à disciplina Laboratório Audiovisual da Profª Jandira Rezende.
Produção: Felipe Cavalcanti, Neuber Fischer, Renan Barbosa e Tiago Veríssimo
Imagens: Neuber Fischer e Tiago Veríssimo
Repórter: Renan Barbosa
Apresentação: Neuber Fischer
Direção: Felipe Cavalcanti e Neuber Fischer


A mulher ainda ganha menos do que o homem

Neuber Fischer

Estamos no século XXI e a mulher ainda é vista como inferior ao homem pela sociedade, prova disso é que as profissionais do sexo feminino, em média recebem salário inferior aos profissionais do sexo masculino desempenhado a mesma função.

Em média, a mulher recebe cerca de 15% menos do que o homem e quanto maior o grau de instrução maior é a diferença, que pode chegar a 30%. A média salarial da mulher no Brasil é de R$ 1.103,00 já os homens recebem em média R$ 1.327,00.

A raiz do problema está no passado preconceituoso da sociedade, que via e ainda vê a mulher como algo menor, a dona de casa, o sexo frágil, a submissa, isso se deve ao machismo que do passado, quando as mulheres não podiam trabalhar fora, tinham que ser eximias donas de casa, não tinham direitos, vem se prolongando até hoje, claro que não na mesma intensidade.

Esse problema é considerado estrutural, de cultura e tradição, difícil de ser mudado rapidamente, mas a mulher ao longo do tempo já superou muita coisa, hoje a mulher vota, pode ser candidata, estuda, trabalha fora, tem direitos trabalhistas garantidos, pode se expressar, mas como nem tudo é perfeito, o sexo feminino ainda tem algumas barreiras para ultrapassar e com união e persistência irão conseguir.

A mulher, que muitas vezes trabalha fora, cuida da casa, dos filhos e do marido e que hoje em dia é também chefe de família, tem que se valorizar. Esses são motivos mais que suficientes para que os empregadores se conscientizem de que a mulher tem o mesmo valor que o homem, que pode executar a mesma tarefa tão bem quanto, ou melhor, que o homem. Assim teremos uma sociedade mais justa, igualitária e fraterna.


Texto produzido em 2008 para crédito à disciplina Filosofia e Pensamento Contemporâneo do Prof. João Batista de Almeida Junior (JB).

Aborto legal sim!

Neuber Fischer

O Brasil novamente se vê envolto em uma polêmica entre a igreja católica e a medicina. Agora é a questão aborto que volta a tona. O caso da menina de nove anos de Alagoinhas em Pernambuco, envolvida no caso de abuso sexual sofrido pelo padrasto, que causou uma gravidez indesejada e um aborto, justificado pela medicina como necessário para a saúde da mãe, que correria sérios riscos de morte caso prosseguisse com a gestação.

A igreja católica imediatamente se posicionou contra e após o aborto consumado, o arcebispo de Olinda e Recife, Dom José Cardoso Sobrinho, excomungou o médico que realizou o aborto, a menina e a mãe dela.

A igreja mais uma vez conservadora e retrograda esqueceu o lado científico da situação, o risco que a menina grávida correria de morrer por não possuir estrutura física para suportar uma gestação, a igreja não parou para pensar que com a seqüência da gravidez, tanto a mãe quanto a criança tinham mais chance de morte do que de vida.

Os médicos envolvidos no caso do aborto agiram corretamente, seguindo a lógica da estatística e da previsão da medicina, e foram categóricos, a menina não sobreviveria a gravidez, é preciso confiar na ciência que de tão avançada pode sim prever casos como esse. Agora, a igreja se responsabilizaria pela vida da menina caso ela prosseguisse com a gestação?

Acredito que não, é fácil excomungar alguém, até porque nem mesmo a presença do excomungado é necessária para tal ato, outra questão é, quem disse que nos dias de hoje com a vida corrida que todos levam, uma excomunhão é levada a sério ou se dá importância a tal fato, provavelmente para um religioso sim, mas para outros não, nada muda na vida de um cidadão excomungado, ele apenas não vai participar da comunhão com a igreja.

Para finalizar, a igreja não excomungou o padrasto, acusado de abusar da menina que sofreu o aborto, ele sim deveria ser condenado eternamente pela justiça, pela igreja e pela sociedade. As contradições da igreja são tantas que não dá pra levar a sério suas atitudes, a igreja que cuide de seus dogmas e deixe a vida acontecer fora do mundinho teológico.


Editorial produzido em 2009 para crédito à disciplina Jornalismo Impresso A da Profª. Vania dos Santos Mesquita.

sábado, 24 de outubro de 2009

Agência Carijó




Vídeo produzido em 2008 para a Extensão em Telejornalismo do Curso de Comunicação Social - Jornalismo da UNIVÁS.
Atividade supervisionada pelo Prof. Camilo Barbosa.
Roteiro e Edição: Edna Motta, Neuber Fischer e Tiago Veríssimo
Imagens: Neuber Fischer
Repórter: Edna Motta

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Excesso de chuva atrasa a colheita de café

Neuber Fischer

A intensidade das chuvas neste inverno tem causado prejuízos aos cafeicultores do Sul de Minas Gerais. Alguns cafeicultores colheram os frutos das lavouras nos primeiros dias de setembro, com 30 dias de atraso. Segundo o Instituto Clima Tempo, a estação que geralmente é seca e ensolarada foi mais úmido que o normal em 2009. Em algumas áreas choveu 100 % a mais do que em anos anteriores e nos próximos meses ainda deve chover acima da média na região.

A demora na retirada dos grãos, que normalmente são colhidos entre maio e setembro, pode comprometer a próxima safra, pois a sua presença nas árvores prejudica a nova florada. Mario Jorge Botelho Weikert, engenheiro agrônomo da EMATER conta que, “O café maduro, que não é colhido, passa a deteriorar, ou ainda, ocorre à queda dos grãos, comprometendo a qualidade, pelo contato com o solo”.

Segundo José Peres Romero Filho, diretor da Associação dos Produtores de Ouro Fino (APROF), “A chuva além de atrasar a colheita, atrapalha a maturação adequada do café e também a secagem dos grãos. Os frutos que ficam no pé, ou que estão no terreiro começam a perder qualidade, assim como a bebida feita desses grãos”. O engenheiro da EMATER afirma que “O problema maior do excesso de chuvas é o tempo úmido, aliado a baixas temperaturas, o que favorece a incidência de doenças. Além disso, dependendo do tipo de solo, pode haver uma maior perda de nutrientes, e também desequilíbrio nos níveis de hormônios, causando alterações fisiológicas no cafeeiro”.

No caso de Ouro Fino que produz, em ano de alta, entre 180 e 220 mil sacas, em ano de baixa a produção pode ser até 60 % menor. José Peres prevê uma queda na produção, em torno de 10 a 15 %. O preço pago pela saca de café está entre R$ 180 e R$ 290. Aos grãos de baixa qualidade são pagos, um valor em média, 40% menor. Esse café de menor qualidade, geralmente é destinado ao mercado interno e é misturado com outros tipos de café.

A região utiliza principalmente a secagem em terreiros e é preciso que o chão seque por completo, para que o café possa ser distribuído e revolvido periodicamente até a secagem, que leva de 10 a 21 dias. José Peres explica que com a demora, “O café que está no terreiro, mesmo que coberto com lona não consegue fugir dos danos da umidade, que para uma boa secagem deve estar em torno de 11 a 12 %. Uma alternativa é levar o produto para secadores, onde os grãos levam de 12 a 30 horas para secar”.

O diretor da APROF acredita que para amenizar os efeitos da chuva “Os cafeicultores precisam aprimorar a secagem, para melhorar o aspecto dos grãos na busca de mercados diferenciados”. Romero afirma ainda que os trabalhadores que colhem o café também são prejudicados, principalmente os que trabalham por produção, com menos café o rendimento deles também cai. Com o excesso de chuva o mato nos cafezais cresce o que muitas vezes obriga uma roçada fora de hora, para possibilitar o acesso aos corredores das plantações.

Segundo Mário, para amenizar a situação, “Existem produtos que promovem a desinfecção dos grãos, mas como são aplicados nas folhas, necessitam de um período sem chuva para a aplicação. Os cuidados maiores devem ser tomados no terreiro, no processo de secagem do café, esparramando em camadas mais finas, e revolvendo constantemente. As melhores alternativas são os secadores mecânicos, comuns em médias e grandes propriedades e o uso de terreiros cobertos com telha translúcida ou lona plástica”.

Os cafeicultores podem buscar auxílio junto aos escritórios da EMATER e Cooperativas que possuem agrônomos ou técnicos agrícolas. Orientações como, Pulverizações visando à proteção da planta contra ataque de fungos e/ou bactérias, análise de solo completa para definição do programa de correção do solo e adubação e cuidados na seca do café, serão passadas ao produtor.


Matéria produzida para a Extensão em Jornalismo Impresso do Curso de Comunicação Social - Jornalismo da UNIVÁS.
Atividade supervisionada pela Profª. Ana Eugênia Nunes de Andrade.
Publicada no Jornal do Estado em Pouso Alegre-MG, em 18 de setembro de 2009
Edição Nº 1876 / Ano 24 / Pág. 6

Matemática preocupa inscritos no Enem

Neuber Fischer

O Enem 2009 vem com novidades, entre elas, a que mais tem preocupado os inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio é a matemática, que vai corresponder a 40% da prova. A matéria é a única a integrar sozinha uma das quatro grandes áreas do conhecimento em que a prova está dividida, sendo assim, pelo menos 45 das 180 questões serão apenas de matemática, a matéria de maior peso na prova objetiva.

As outras áreas cobradas serão linguagens e códigos, mais voltado para a língua portuguesa, literatura, artes e comunicação; ciências da natureza que vai cobrar conhecimentos em química, física e biologia; ciências humanas que vai aborda temas de história, geografia e sociologia; além da redação que no total global da nota tem peso de 50%.

Para o diretor do INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) Héliton Tavares, o número de questões ligadas à matemática deve ser ainda maior, devido ao fato de que as questões do Enem são interdisciplinares, como é o caso de perguntas de física e química que exigem conhecimentos matemáticos, além de gráficos e tabelas encontrados em toda a prova.

O estudante João Paulo Ribeiro, que vai prestar o Enem e pretende estudar engenharia mecânica, diz “espero que as questões não estejam tão extensas, pois serão dois dias de prova e será cansativo. Não tenho medo de matemática, pois tenho mais facilidade com área de exatas, mas isso não significa que não estudarei bastante essa parte”. João que trabalha e estuda garante “a solução é estudar nos fins de semana, um pouco de cada matéria, até a data da prova. Como ainda tem um tempo para a prova, imagino que conseguirei me preparar bem”.

Para os professores de matemática o segredo é treinar o máximo de questões, principalmente a regra de três, porcentagem e trigonometria e priorizar as questões mais fáceis que o aluno consiga fazer até o fim. As questões do Enem cobram a matemática aplicada no cotidiano, questões mais contextualizadas e interpretativas, valorizam o raciocínio lógico e a interpretação de gráficos e tabelas em detrimento das que exigem cálculos complexos.

Carol Silva, estudante do curso de matemática e futura professora, afirma “assim como foi detectado temor para a realização do Enem, esse medo é presente também nos vestibulares, muita das vezes a causa maior é por "traumas" sofridos no início da educação básica, quando os professores ensinam com métodos que fazem com que os alunos se sintam desmotivados ou com medo da disciplina. Uma das melhores técnicas para afastar o medo da matemática é incluir cada conteúdo no cotidiano do aluno, na sua realidade, facilitando a aprendizagem e desfazendo a idéia de que Matemática é algo para gênios”.

O Enem 2009 vai ser realizado em dois dias, 3 e 4 de outubro, sábado das 13h às 17h30 Prova I: Ciências da Natureza e suas Tecnologias; e Ciências Humanas e suas Tecnologias e domingo das 13h às 18h30 Prova II: Linguagens, Códigos e suas Tecnologias e Redação; e Matemática e suas Tecnologias.

No site http://www.enem.inep.gov.br/ encontra-se disponível um simulado de 40 questões nos moldes do novo Enem e no endereço http://historico.enem.inep.gov.br/ provas anteriores do Enem onde o inscrito pode treinar.

O resultado final vai estar disponível a partir de janeiro de 2010. Com a nota em mãos as pessoas poderão se inscrever no PROUNI (Programa Universidade Para Todos) que concede bolsas de estudo parciais e integrais em universidades privadas, além de poder concorrer a uma vaga nas universidades públicas que aderiram ao novo Enem como processo seletivo.


Matéria produzida para a Extensão em Jornalismo Impresso do Curso de Comunicação Social - Jornalismo da UNIVÁS.
Atividade supervisionada pela Profª. Ana Eugênia Nunes de Andrade.
Publicada no Jornal do Estado em Pouso Alegre-MG, em 28 de agosto de 2009
Edição Nº 1867 / Ano 24 / Pág. 6

Twitter é a nova febre da internet

Neuber Fischer

O Twitter, uma espécie de rede social e microblog criada em 2006, em São Francisco, na Califórnia, EUA pela Obvious corp e Jack Dorsey se torna cada vez mais popular entre os brasileiros que já correspondem a 7% do total de usuários no mundo, o que coloca o país em 4ª lugar entre os que mais acessam o site. No mundo 14 milhões de pessoas que possuem um perfil visitam o site 99 milhões de vezes ao mês. No Brasil são quase 1 milhão de usuários. Entre 5 e 10 mil perfis são criados por dia. A maioria dos seguidores tem entre 18 e 50 anos de idade.

Curioso é que o site é todo em inglês ou japonês, e mesmo assim a cada dia aumenta o número de usuários brasileiros. Eles utilizam o blog para enviar e receber mensagens de até 140 caracteres, além de fazer amizades e seguir o perfil de outras pessoas. A pergunta a ser respondida no Twitter é “What are you doing?”, ou seja, “O que você esta fazendo?” a partir daí ele se transforma em um diário onde você pode contar tudo o que se passa no seu dia a dia. As atualizações são exibidas no perfil do usuário em tempo real e também enviadas a outros usuários que tenham assinado para recebê-las. As mensagens também podem ser enviadas e recebidas via SMS pelo celular.

O fenomeno do Twitter começa a proliferar por todo o lado e começa agora a agarrar milhares de fãs. Imprensa, Governos, Deputados, famosos, enfim, toda a gente já começa a utilizar a rede Twitter para contar todos os seus passos. Isto reflete os números do aumento no último ano. Segundo a empresa de estudos de mercado, a comScore, o aumento foi de 700%. Ao contrário de outras redes sociais, o Twitter é diferente nos serviços que disponibiliza, revelando-se um sucesso entre os mais adultos e menos sensibilizados para a internet. Segundo Paul Saffo que possui 1066 seguidores e segue 118 perfis "O Twitter inverte a noção de grupo, em vez de criar o grupo que quer, a pessoa envia a mensagem e o grupo se forma", Paul já postou 165 mensagens.

Entre os seguidores do Twitter estão atores, esportistas, cantores, empresas e pessoas comuns, no blog você pode seguir e ser seguido por todos, ele tem sido utilizado também como canal de informação já que redes de TV, rádios, jornais e revistas possuem perfis e divulgam notícias e a rotina diária da redação. Um dos perfis mais seguido no Brasil é o do apresentador do CQC, Marcelo Tas, com quase 50 mil seguidores. Além de ser um site de relacionamentos, o Twitter se torna um meio de comunicação, onde notícias, informações, propagandas e anúncios são divulgados. Os políticos ao perceberem que o Twitter é um canal para se promover, também começam a entrar na onda. O criador do Twitter, Jack Dorsey, que possui 487.493 seguidores e segue 454 pessoas, diz que criou o site “interessado na simples ideia de ser capaz de saber o que seus amigos estavam fazendo”, ele acredita que “o sucesso do blog está na simplicidade do acesso ao site e na importante função do Twitter em conectar as pessoas”. Jack já postou 3.687 mensagens. Para o usuário brasileiro do Twitter Tiago Dantas, que segue 971 pessoas e é seguido por outras 1.394, “o blog é uma ferramenta de exposição de ideias bastante prática, simples e eficaz”. Tiago já postou 63 mensagens referentes aos mais diversos assuntos.

O próprio site se define como um serviço para amigos, familiares e colegas de trabalho que podem ao permanecer conectados se comunicar através da troca de mensagens rápidas, se atualizarem e conhecer gente nova. No Twitter, você pode ficar hiper-ligado aos seus amigos e sempre saber o que estão fazendo. Ou, você pode parar de acompanhá-los a qualquer momento. O Twitter coloca você no controle e se torna um moderno antídoto para a sobrecarga de informação. A idéia inicial do Twitter era permitir que os usuários informassem, de maneira rápida, o que estavam fazendo no momento em que navegavam pela internet. Atualmente, a ferramenta é usada para os internautas expressarem suas opiniões sobre os mais diversos assuntos e também para coberturas jornalísticas em tempo real. O Twitter já é a terceira maior rede social on-line do mundo, atrás do Facebook e do MySpace, no Brasil ele ainda está atrás do Orkut conforme dados da Compete, uma empresa de análise on-line.

Algumas novidades no Twitter já começam a surgir, sensores fazem com que o microblog possa ser usado para enviar para casa alertas de segurança ou dizer aos médicos quando o nível de açúcar no sangue ou as batidas de coração de um paciente estão muito altas, além de monitorar a saúde de bebês na barriga da mãe.

Individualmente, muitos dos "tweets" - como são chamadas as mensagens de até 140 caracteres enviadas por esse microblog parecem fúteis. Mas, tomada em conjunto, a corrente de mensagens pode transformar o Twitter numa ferramenta surpreendentemente útil para resolver problemas e dar uma ideia do clima digital. O Twitter é público e gratuito, para se cadastrar basta preencher o cadastro e criar um login e uma senha no site http://www.twitter.com/.



Matéria produzida para a Extensão em Jornalismo Impresso do Curso de Comunicação Social - Jornalismo da UNIVÁS.
Atividade supervisionada pela Profª. Ana Eugênia Nunes de Andrade.
Publicada no Jornal do Estado em Pouso Alegre-MG, em 15 de maio de 2009
Edição Nº 1822 / Ano 23 / Pág. 6

Hábitos da quaresma resistem ao tempo

Neuber Fischer

Julieta vai a igreja diariamente onde participa das missas e faz suas orações. Passada a quarta feira de cinzas, Julieta acredita que: “as cinzas simbolizam a podridão do pecado depois dos folguedos da carne”. Na quaresma procura cumprir os rituais que para ela, “são mistérios que a fazem crescer na fé” cumprir as vias sacras, jejuns “que são muito importantes, pois modificam a alma”, orações, penitências “antigamente usavam silício hoje há outras formas de se penitenciar, como falar apenas o que edifica e não murmurar”, sacrifícios e fazer caridade “que é o elo entre Deus e o homem”. Julieta acredita que a quaresma mudou, antigamente era mais rígido, mais solene, hoje é mais festivo, liberal, mas o importante é que tem que haver a mudança, a conversão, muda-se o exterior, mas a essência não muda, “o que vale é a consciência, temos que transmitir o rosto de cristo” afirma Julieta, para quem sacrifício “é fazer com amor com o coração com humildade”.

Ela acredita que hoje muitos católicos não seguem os rituais da quaresma, para ela as pessoas são livres, mas é preciso seguir princípios e o verdadeiro sentido de ser cristão, praticando de coração os rituais da quaresma, porém não se pode julgar. Para Julieta ser um bom católico é dar testemunho do que fala e viver a palavra tendo a vida como um espelho de cristo.

A cor roxa tradicionalmente usada durante os quarenta dias da quaresma para cobrir as imagens nas igrejas simboliza o sofrimento, mas ao chegar o domingo de Páscoa vesti-se branco para se comemorar a paz. Juntamente com a quaresma é lançada todo ano a Campanha da Fraternidade, neste ano o tema é Fraternidade e Segurança Pública e o lema é A Paz é Fruto da Justiça, segundo Julieta as campanhas têm contribuído com sucesso para que os desafios da sociedade sejam superados e têm dado muitos frutos, resultados, “é um trabalho maravilhoso da igreja, é viver entre irmãos”.

Julieta Burza nasceu em Ouro Fino, no dia 10 de abril, num domingo de Ramos. Vaidosa ela preferiu não revelar o ano, filha de um italiano Antonio Burza e da pianista paulista Luiza Zanetti Burza, Julieta é a terceira filha de quatro irmãos: João Bellini Burza, médico psiquiatra internacionalmente reconhecido, Mariana Burza Piovesan e Maria Luiza Burza, carinhosamente chamada de Marilu, solteira e sem filhos Julieta pode se dedicar aos estudos, é formada em Direito pela Faculdade de Direito do Sul de Minas, professora, lecionou em varias escolas e faculdade de Ouro Fino, é pós graduada em Sociologia e História do Brasil, diplomada pelo curso superior de pastoral, catequese e supervisão de ensino religioso, poeta, pianista e concertista formada pelos conservatórios de Campinas e de Santa Cecília em Roma, e teóloga formada pela Pontifícia Universidade de São João do Latrão também em Roma na Itália.

De família tradicionalmente católica e religiosa, Julieta Burza, devota de Nossa Senhora de Lourdes, participa das celebrações das duas paróquias de Ouro Fino, a do Santuário de São Francisco de Paula e Nossa Senhora de Fátima e a de Santo Antonio, sente-se feliz por seguir de perto o dia-a-dia da igreja, a qual esta ligada desde a infância, onde toca órgão desde os 11 anos, participou de corais, dirigiu a irmandade de meninas dos Santos Anjos, foi professora de catecismo, ministra da eucaristia, participa da organização das festividades religiosas da cidade de Ouro Fino, com criação de peças e autos, e é membro da organização Pia União das Filhas de Maria. Julieta conta com orgulho que foi a responsável pela vinda da imagem original de Nossa Senhora de Aparecida para Ouro Fino em 15 de dezembro de 1966, na época a imagem veio acompanhada dos redentoristas Padre Vitor Coelho de Almeida e Alderige Torriani, sacerdotes, já falecidos, que estão atualmente em processo de beatificação.

Em sua caminhada religiosa Julieta conheceu diversos lugares por onde tocou órgão, na Terra Santa em Belém, em Nazaré, no Vaticano, em Roma, em Lourdes na França, Fátima em Portugal e em Aparecida no Brasil. Julieta teve a oportunidade de conhecer pessoalmente os Papas Paulo VI com quem esteve em audiência solene e João Paulo II, além de cardeais e monsenhores. Julieta em seus estudos defendeu teses como Mariologia: estudo profundo sobre Maria, em Roma.

Além de ser conhecida por sua religiosidade, Julieta é também reconhecida por seu trabalho em prol da cultura e educação, prova disso é que já recebeu diversas condecorações entre elas o “Laurel: O Bateador”, símbolo maior de Ouro Fino entregue pela Prefeitura e Câmara Municipal, única mulher até hoje a receber a honraria; a “Medalha da Inconfidência” entregue em Ouro Preto pelo ex-governador de Minas Eduardo Azeredo, a “Medalha do Mérito Legislativo” entregue pela Assembléia Legislativa de Minas Gerais, a “Medalha Santos Dumont” entregue pelo então governador Itamar Franco, e a “Comanda da Ordem do Mérito da Defesa” entregue pelo vice-presidente José de Alencar representando o presidente Lula, além de tantas outras homenagens, como ter sido paraninfa de formaturas por mais de 30 vezes. Julieta também já realizou mais de mil discursos em solenidades de todos os níveis.

Julieta é junto com seu falecido irmão João Bellini Burza madrinha de casamento do ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso e da senhora Ruth Cardoso já falecida; Julieta compareceu à posse de FHC em 1995 em seu primeiro mandato e no velório e sepultamento da ex-primeira dama Ruth Cardoso em 2008. Além disso, Julieta é membro da Academia Ourofinense de Letras e já foi recebida em sessão especial na Academia Brasileira de Letras. Foi também solista-pianista junto com a Orquestra Sinfônica do Rio de Janeiro. Por sua iniciativa foi construída as grutas de Nossa Senhora de Lourdes na escola Estadual Francisco Ribeiro da Fonseca e nas Faculdades Asmec, ambos em Ouro Fino. Foi também homenageada sendo seu nome e retrato colocados, no salão nobre de festas, da Escola Estadual Francisco Ribeiro da Fonseca (Escola Normal).

Por todas as conquistas e homenagens Julieta Burza agradece constantemente “sou uma pessoa privilegiada, desde crianças recebi muitas graças divinas”, mas modesta diz não merecer tanto. “Obrigada, oh! Deus! Pelas maravilhas que operastes em nossas vidas pelas mãos de Maria”.


Matéria produzida para a Extensão em Jornalismo Impresso do Curso de Comunicação Social - Jornalismo da UNIVÁS.
Atividade supervisionada pela Profª. Ana Eugênia Nunes de Andrade.
Publicada no Jornal do Estado em Pouso Alegre-MG, em 06 de março de 2009
Edição Nº 1791 / Ano 23 / Pág. 6