sábado, 27 de fevereiro de 2010

Evair "El Matador"

Neuber Fischer

Tudo começou em um campo de Várzea. A situação era difícil, mas a paixão pelo futebol era maior que tudo. Filho de José Paulino e Tereza Maria da Silva Paulino, Evair Aparecido Paulino nasceu em 20 de fevereiro de 1965 em Ouro Fino (MG). Levado para fazer um teste no Guarani, passou com folga na peneira e começou a jogar. Mas a vida não era fácil. A ajuda de custo inferior a um salário mínimo, não era suficiente nem para comer. “Algumas noites foram bastante difíceis” conta Evair. A história começou a mudar em 1984, quando foi promovido aos profissionais. Os gols começaram a sair. Dois anos depois, o país inteiro descobriu o centroavante artilheiro.

Em 1987 Evair foi convocado para a seleção brasileira. Em 1988 foi contratado pelo Atalanta da Itália onde permaneceu até 1991. “Ir para o Atalanta da Itália foi o primeiro momento marcante de minha carreira” diz Evair. De volta ao Brasil foi para o Palmeiras e atuou na campanha que levou o time ao título paulista. “A Final do Campeonato Paulista foi um jogo inesquecível” conta Evair, que virou herói e ganhou o apelido que o acompanharia, o “El Matador”, o maior goleador do Palmeiras nos anos 90. O sucesso no “Verdão” valeu a Evair a convocação para a seleção brasileira na Copa América de 93 e nos jogos das eliminatórias para a Copa de 94.

De 1994 a 1996 jogou no japão pelo Yokohama Flugels. De volta ao Brasil, esteve no Atlético Mineiro e no Vasco em 1997; jogou pela Portuguesa em 1998, e retornou para o Palmeiras em 1999, para ser campeão da Copa Libertadores da América. Transferiu-se para o São Paulo em 1999 e no mesmo ano foi para o Goiás. Em 2001 jogou pelo Coritiba e retornou para o Goiás em 2002. Em 2003 atuou pelo último clube como jogador, o Figueirense, onde entrou para a história ao marcar seu centésimo gol.

Evair encerrou sua carreira em 2003. Foram 23 anos entre amador e profissional. Os próximos desafios seriam fora de campo como treinador e empresário. Evair foi vice-campeão Goiano treinando o Vila Nova em 2004, passou pelo Trindade, Anápolis, CRAC e Itumbiara/GO. Como empresário, Evair fundou em sua terra natal a fabrica de linhas e barbantes Vigui.

Evair, hoje evangélico, é casado com Gisele e mora em São Paulo junto com os filhos Vitória e Guilherme.“Estar com meus filhos e minha esposa é o meu maior prazer” declara Evair.

Perfil produzido em 2009 para crédito a disciplina Jornalismo Impresso B da Prof. Vânia dos Santos Mesquita.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Sol e calor preocupam médicos e colocam em risco a saúde de crianças e idosos


Neuber Fischer

O verão, o calor e o excesso de exposição ao Sol são ingredientes perigosos para a saúde pública e atingem, de forma mais grave, as crianças, os portadores de doenças crônicas e os idosos. Em todos os casos, o efeito do verão está associado ao processo acelerado de desidratação.

As crianças choram, reclamam, mas nem sempre conseguem expressar claramente uma necessidade específica e o processo de desidratação gera efeitos muito rápido tendo em vista sua reduzida massa corporal. Por isso muitos pequenos, necessitam dos cuidados dos pais e/ou responsáveis (professores, babás, irmãos mais velhos) para o contínuo processo de hidratação.

Os portadores de doenças crônicas, por sua vez, têm no verão um inimigo, segundo o médico clinico geral, Walter Cordoni, quadros hipertensivos; desidratação silenciosa, em razão da ausência da sede ou do não hábito da hidratação; agravamento da temperatura corporal pela insolação; além de problemas renais, por exemplo, são agravados com o calor em excesso. “A insolação e os efeitos do Sol sobre a pele já são amplamente conhecidos, mas seus efeitos nocivos ainda são negligenciados por ampla parcela da população” afirma Cordoni.

“Convivemos, no verão principalmente, com “pimentões”, que abusam da exposição à luz solar, em praias e clubes. Continuamos a presenciar famílias que levam crianças à exposição nos horários de “pico” da incidência solar, entre 10 e 16 horas” conta Walter. Recomendações simples, já amplamente difundidas, necessitam ser regularmente citadas para que os males causados pela exposição ao Sol, a falta de hidratação diária de crianças, adultos e idosos e os efeitos do intenso calor nos portadores de doenças crônicas possam ser atenuados.

Para o médico, é importante observar o comportamento das crianças e idosos, hidratando-os regularmente, com água e sucos; roupas sempre leves e, preferencialmente, de algodão; bonés e protetor solar para todos; monitorar a pressão arterial regularmente; alimentação rica em frutas e verduras e especial atenção aos portadores de enfermidades como hipertensão, problemas renais, cardíacos e de pele podem evitar maiores problemas.

Além de poder agravar doenças já existentes em pessoas de mais idade e acometer as crianças que são mais frágeis. O calor, o sol, alguns alimentos e a água, tanto para o banho de mar, piscina ou cachoeira, quanto para a ingestão, podem ser perigosos para toda a família

A água, além do risco de afogamento e intoxicação, pode provocar candidíase. Trata-se de um fungo que se prolifera em locais que ficam muito tempo úmidos. Em adultos, a região da virilha é a mais atingida devido ao uso prolongado de biquínis e sungas molhadas, o que provoca uma espécie de assadura e coceira. "O fungo aproveita a umidade e o calor para se proliferar", diz Fernando Gonzales, médico dermatologista.

Há risco também de leptospirose, ainda mais com a quantidade de chuvas que atingiram o sudeste. "A urina do rato contamina a água com a bactéria, que passa para o homem através das lesões de pele ou contato com as mucosas", explica Gonzales. A doença provoca sintomas como febre alta e dores no corpo.

A exposição demasiada ao sol pode causar brotoejas em bebês e crianças. De acordo com os médicos, outros problemas comuns nesta época do ano são: Otite, inflamação no ouvido; Bicho geográfico, que causa coceira; Frieira, micose entre os dedos; Tétano; Picadas de insetos; Intoxicação alimentar, diarreia, vômito, febre e mal-estar; Insolação e Câncer de pele. Para evitar estes males, algumas dicas são: consumir água industrializada durante as viagens; cuidado também com a comida, como a que é vendida nas praias, sem higiene ou refrigeração necessária para que o alimento não estrague; evite pisar descalço em locais sujos; tome as vacinas principais, como febre amarela e tétano; abuse de filtro solar, óculos de sol, e toda proteção possível contra os raios ultravioleta.

Matéria produzida para a Extensão em Jornalismo Impresso do curso de Comunicação Social - Jornalismo da UNIVÁS.
Atividade supervisonada pela Prof.ª Patrícia do Prado Marques Cordeiro.
Publicada no Jornal do Estado em Pouso Alegre-MG, em 19 de fevereiro de 2010
Edição 1952 / Ano 24 / Pág. 6