quarta-feira, 21 de abril de 2010

Revista Circuito das Malhas




Revista planejada e produzida em 2009 para crédito as disciplinas Planejamento Gráfico B da Profª. Patrícia do Prado Marques Cordeiro e Jornalismo Impresso B da Profª. Vânia dos Santos Mesquita.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Aumento no preço do leite anima produtores

Neuber Fischer

Os produtores de leite estão otimistas com relação ao aumento no preço do produto. A entressafra antecipada fez o preço do leite pago ao produtor subir 6,34% em março, em relação ao mês anterior. Alguns sinais como a queda da produção de matéria-prima e a demanda aquecida, permitem acreditar que a elevação vai continuar a acontecer em 2010.

De acordo com o produtor e consultor de pecuária leiteira, Rafael Ribeiro, o valor médio, em março, pago pelo leite entregue em fevereiro, foi de R$ 0,65 por litro. A alta no preço da matéria-prima já se reflete no varejo, onde o preço médio do leite longa vida encontrado a 2,02 o litro, subiu 12,22% entre fevereiro e março.

A alta atual dos preços do leite estimula os investimentos na produção especialmente porque os custos estão mais baixos, afirma o analista. Isso pode, porém, significar nova pressão sobre as cotações. "Como está subindo mais cedo, é preciso avaliar até quando a alta se sustenta", acrescenta. Outro fator que poderia exercer pressão é a alta do leite longa vida no varejo, que em outros momentos levou a uma redução no consumo.

Para Rafael a principal razão para a valorização dos preços pagos ao produtor é a antecipação da entressafra do leite, reflexo, por sua vez, do fato de a safra ter começado mais cedo em 2009, com chuvas já a partir de julho. Isso derrubou as cotações ao produtor a partir de setembro do ano passado, desestimulando o investimento na produção e reduzindo a oferta atual.

Além da entressafra, Ribeiro observa que a disponibilidade de leite é menor também porque nesta época do ano os pecuaristas começam a "secar" as vacas para parição, “elas deixam de ser ordenhadas dois meses antes do período de nascimentos de bezerros” conta.

Com a menor captação de leite aumenta também a disputa entre os laticínios por matéria-prima. Com isso há uma projeção de alta no valor pago ao produtor de quase 19% em abril, saindo de R$ 0,65 para R$ 0,79 por litro.

Para o produtor Marcos Fischer, depois de três anos de estagnação a situação começa a melhorar. “O preço pago ao produtor mal dava para cobrir as despesas, agora o valor já está subindo, em 2009 cheguei a receber R$ 0,47 pelo litro, agora já estão pagando R$ 0,65 e se continuar assim a tendência é subir ainda mais”, declara.


Matéria produzida em 2010 para crédito a disciplina Jornalismo Especializado - Economia da Profª. Ana Eugenia Nunes de Andrade.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Em Inconfidentes, CEI conclui relatório do desvio de verba do legislativo

Neuber Fischer

A Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Câmara de Vereadores de Inconfidentes, Minas Gerais, concluiu na última semana, o relatório que investiga o caso de desvio de R$ 190 mil dos cofres públicos. O documento com oito mil páginas aponta fraudes cometidas pelo ex-assessor administrativo da Câmara, Marcelo Fernandes da Costa, em cheques e contratos do Legislativo Municipal, entre os anos de 2006 e 2009.

As investigações revelaram que o ex-assessor falsificava os cheques para pagamento de fornecedores e tributos, e colocava o nome dele como beneficiário. Há ainda o caso do pagamento para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Neste caso, Marcelo arquivava a guia de recolhimento sem autenticação junto com o cheque falsificado de 13 colaboradores e representantes do Legislativo.

Segundo a Comissão, composta pelo Presidente, Angelino Tavares da Silva (PT); Secretário, José Acácio Bueno (PP) e Relatora, Simone Terezinha de Almeida (DEM), além do ex-assessor Marcelo, que chegou a ser preso em maio do ano passado, mas três meses depois, ganhou o direito de responder em liberdade, após pagar parte da dívida, R$ 10 mil, depositados na conta da Câmara e deixar um imóvel no valor de R$ 300 mil em garantia, outras 11 pessoas ligadas ao legislativo, entre eles ex-vereadores, ex-presidentes da câmara, ex-secretários e servidores, que podem ter sido negligentes ao assinar cheques sem conferir os documentos, estariam envolvidos no esquema. O ex-assessor, que ainda mora em inconfidentes foi procurado, mas não quis falar sobre o assunto.

A ex-presidente da Câmara de Inconfidentes, Adriana Mara Alves (PV), contou que Marcelo Fernandes Costa exercia o cargo de confiança desde 2006. “Ele levava todos os meses o cheque do benefício para a prefeitura, que costumava ser em torno de R$ 4,8 mil. Nós constatamos que um desses cheques foi depositado na conta dele e ainda não descobrimos o destino dos outros”, disse. Para falsificar os documentos que comprovavam os gastos e créditos da Câmara, o acusado modificava os extratos bancários da instituição e até forjava cheques que eram xerocados e encaminhados ao Executivo.

Segundo o presidente da câmara de vereadores, Carlos Eduardo Souza (PMDB), a fraude acarretou problemas para o legislativo do município que vai ter que negociar a dívida com o INSS, que hoje gira em torno de R$ 85 mil. Além disso, com a pendência, o município de sete mil habitantes corre risco de não receber o Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e outros repasses dos governos estadual e federal.

O secretario da Comissão José Acácio Bueno da Silva (PP) diz que algumas das pessoas supostamente envolvidos na fraude, ainda estão na ativa ou foram reeleitas, e se comprovado o envolvimento no esquema de corrupção podem ser exonerados ou cassados. O esquema de fraude aconteceu na gestão dos prefeitos Celso Bonamichi (PR) e Rosângela Maria Dantas (PP) e dos presidentes da Câmara Adriana Mara Alves (PP) e Carlos Eduardo Souza (PMDB). O relatório da Comissão Especial de Inquérito foi enviado ao Ministério Publico e ao Tribunal de Contas da União para as providências subsequentes.


Matéria produzida em 2010 para crédito a disciplina Jornalismo Especializado - Política, da Profª. Ana Eugenia Nunes de Andrade.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Malharias do Sul de Minas apostam em produtividade e esperam crescimento de até 30% em 2010

Neuber Fischer

O setor de malharias do Circuito das Malhas do Sul de Minas Gerais está empolgado com a temporada outono/inverno 2010. A expectativa é que com os investimentos, a descoberta de novos nichos de mercado, a aposta na produtividade e o foco no consumidor interno, o crescimento chegue a 30% em produção e faturamento.

De acordo com o presidente do Circuito das Malhas Tadeu Machado, depois da crise no setor, o cenário na região é favorável. A volta por cima é atribuída, entre outros fatores, ao controle alfandegário mais rígido, não permitindo assim que produtos de outros países tenham preços mais atraentes que os produtos locais. “Grande número de nossas empresas já estão com suas produções vendidas e isso traz um ânimo para o setor e gera mais empregos” diz Tadeu.

As cidades já se mobilizam para a época mais fria do ano, máquinas e funcionários trabalham para atender a demanda. Em Jacutinga aconteceu pela primeira vez a “Semana de Lançamento Outono-Inverno 2010” de 20 a 28 de março. O evento apresentou aos lojistas e turistas de todo Brasil, as principais tendências no setor retilíneo. O tricô, antes artesanal e hoje industrial, envolve direta ou indiretamente com a confecção de malhas, os quase 20 mil habitantes de Jacutinga.

Com mais de mil fábricas e 450 lojas, a cidade referência nacional e internacional, exporta para mais de 30 países. Segundo o presidente da Associação Comercial, Industrial e Agropecuária de Jacutinga (Acija), Dennys Bandeira, a estratégia dos empresários está focada, de forma intensa, no conceito de agregar cada vez mais qualidade ao produto. “Hoje, fornecemos para as principais grifes nacionais, além de grandes varejistas brasileiros” comemora Dennys.

“A primeira edição da “Semana de Lançamento Outono-Inverno” alcançou três milhões de peças comercializadas”, afirma Dennys Bandeira. O novo presidente da Acija ressalta que o segredo de Jacutinga está na criatividade e na versatilidade da produção.

Pela primeira vez na história, a força industrial da região migra para se juntar ao pólo atacadista de São Paulo. A ideia partiu de um comitê de empresários que decidiu por uma questão de estratégia comercial levar suas empresas para a capital paulista.

O setor de malharia retilínea representa hoje 70% da economia do Circuito, e juntos detém 40% de toda a produção de malhas do país com a maior concentração de seus clientes nas regiões sul e sudeste. Com essa nova estratégia, Miller Moliani de Lima, um dos representantes de Jacutinga, prevê a possibilidade de ampliar relações comerciais e incrementar os negócios na região.

“Os nossos clientes (lojistas) querem se deslocar cada vez menos e a distância, às vezes, inibe a abertura de novos negócios. Dessa forma, estaremos mais centralizados, conseguiremos atendê-los com mais agilidade, além disso, queremos marcar presença no maior centro atacadista de moda da América Latina” afirma Miller

O FashionBrás é o shopping atacadista de moda mais antigo do Brás, foi totalmente revitalizado e foi o local escolhido pelo comitê para sediar as 20 empresas vindas de Jacutinga e Monte Sião. “A escolha do FashionBrás deve-se, principalmente, pelo "expertise" que o grupo Brascol/Megapolomodas tem na administração de shoppings especializados em atacado”, conclui Moliani.

O espaço Jacutinga e Monte Sião ocupa, desde o dia 29 de março, os 1.500 metros de todo o segundo piso do shopping FashionBrás.

A superintendente do FashionBrás Claudia Moretti afirma que essa parceria potencializa o seu negócio, "o nosso cliente é o lojista, e encontrar num só lugar o resumo das melhores lojas do Brás, e ainda o grupo mais forte de malharias retilíneas do país, com certeza, agregará muito ao nosso empreendimento" finaliza.

Matéria produzida para a Extensão em Jornalismo Impresso do curso de Comunicação Social - Jornalismo da UNIVÁS.
Atividade supervisonada pela Prof.ª Patrícia do Prado Marques Cordeiro.
Publicada no Jornal do Estado em Pouso Alegre-MG, em 01 de abril de 2010
Edição 1975 / Ano 25 / Pág. 6