quarta-feira, 16 de junho de 2010

IBGE prepara censo 2010

Neuber Fischer

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) se organiza para o Censo Demográfico Geral do Brasil deste ano, para isso realizou de abril a maio de 2010, em algumas cidades, entre elas Ouro Fino, uma pré-coleta de dados, a cidade recebeu cinco agentes, que percorreram todo o município e colheram informações para o cadastro de endereços urbanos, além da atualização dos mapas que vão ser utilizados na próxima etapa, a partir de agosto.

Rafael Marques dos Santos, agente censitário municipal, responsável pelo posto de coleta instalado em Ouro Fino explica que a pré-coleta é uma operação de campo. “Nossos supervisores foram a todos os setores urbanos e rurais, fazendo um levantamento de endereços com a finalidade de atualizar o nosso cadastro e consertar alguns erros na base cartográfica, para depois o recenseador poder percorrer todo o município sem deixar nada de fora”. A cidade foi dividida por setores censitários. “Pegamos o perímetro urbano, dividimos em pedaços, do tamanho que um recenseador conseguisse fazer a coleta no prazo máximo de trinta dias".

A fase da coleta, entrevistas domiciliares, será realizada em Ouro Fino por 30 recenseadores que serão treinados e contratados em julho. O processo seletivo foi realizado em 30 de maio e o resultado vai ser divulgado a partir de 1º de julho. A pesquisa é realizada de casa em casa, entrevistando ao menos um morador do domicílio com condições de prestar as informações. Nesta etapa, de 1º de agosto ao final de novembro, o IBGE visita os domicílios de todo o Brasil.

Segundo Rafael, o censo demográfico é o processo de contar e obter informações sobre as características dos habitantes de um País. É realizado decenalmente e está sob administração do IBGE desde 1940. No entanto o primeiro Recenseamento Geral do país foi realizado em 1872.

“Os resultados do censo demográfico são utilizados, entre outros objetivos, para tomar decisões que afetam cada município, cada estado, ou seja, o País inteiro” afirma Rafael. Entidades das três esferas de governo federal, estadual e municipal, empresas, universidades, centros de estudo, organizações e associações comunitárias estão entre os muitos grupos que utilizam as informações do Censo Demográfico para propor e definir políticas públicas e planejar serviços que beneficiam toda a população.

Quase todos os países fazem, com regularidade, os seus levantamentos demográficos em cada década, contam seus habitantes e obtêm informações que permitem identificar as suas características como idade, sexo, cor, religião, educação, trabalho, migração, entre outras, “conhecer em detalhes as condições em que vive a população e os seus níveis de desenvolvimento socioeconômico, assim como traçar um retrato abrangente e fiel da realidade nacional é o objetivo da pesquisa”, declara o agente.

As questões que serão investigadas no Censo Demográfico 2010 são produtos de amplas consultas e debates com representantes da sociedade brasileira e órgãos técnico-governamentais, sendo o IBGE o articulador deste processo.

O conjunto dos dados coletados e trabalhados estatisticamente vai permitir segundo Rafael, o conhecimento da realidade brasileira nos seguintes aspectos: tamanho e composição da população; situação habitacional; características gerais da população; movimentos migratórios; nível de instrução; nupcialidade; fecundidade; força de trabalho; padrões de rendimentos individual e familiar.

O agente censitário conta que os dados estatísticos levantados pelo Censo tem seu sigilo assegurado pela Lei nº 5.534, de 14 de novembro de 1968, e não poderão ser objeto de certidão, nem, em hipótese alguma, servirá de prova em processo administrativo, fiscal ou judicial. “Ou seja, o resultado das entrevistas não será usado para fins tributários, nem a prefeitura terá acesso individualizado a elas”.

Rafael ressalta que em nenhum momento os entrevistadores do IBGE solicitarão o fornecimento de documentos pessoais, como CPF, RG, título de eleitor, número de contas bancárias, cartões de crédito, etc. “Os entrevistadores estarão identificados com crachás e coletes azuis com a logomarca do IBGE. Qualquer dúvida o morador pode solicitar a identificação do entrevistador e acionar o 0800 218181 e confirmar se aquela pessoa é funcionário do IBGE”, conclui. Informações também podem ser obtidas pelo site http://www.censo2010.ibge.gov.br e em Ouro Fino pelo telefone 3441- 9300 ramal 23.

Matéria produzida em 2010 para crédito a disciplina Jornalismo Especializado - Cotidiano, da Profª. Ana Eugenia Nunes de Andrade.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Crochê movimenta a economia de Inconfidentes

Neuber Fischer

Inconfidentes, cidade com cerca de oito mil habitantes, localizada no Sul de Minas Gerais, integra o Circuito das Malhas e se tornou nacionalmente conhecida pelo crochê que produz. O artefato que ainda é feito manualmente por crocheteiras, homens e mulheres, corresponde, direto ou indiretamente, junto com as malhas e teares, por quase 80 % da economia local e gera trabalho e renda para aproximadamente 90 % dos moradores da região.

A cidade abriga cinco fábricas de linhas e barbantes, que são usados na confecção de telas, caminhos e outros artigos. São 22 malharias e uma dezena de lojas especializadas em crochê. Além de teares e fabricas de tapetes.

Para mostrar seus produtos para todo o Brasil, a Prefeitura Municipal, juntamente com a Câmara dos Vereadores e Associação Comercial de Inconfidentes, realiza anualmente, no mês de junho, a tradicional festa “CrocheMalhas”. Este ano, a nona edição do evento, vai acontecer do dia dois a seis de junho e vai contar com stands de exposição de mais de 30 empresas, além de desfile de moda e show com cantores locais e de renome nacional. Nando Reis, ex titãs, se apresenta na cidade no dia 05 de junho.

Segundo José Valmei Bueno, Chefe do Departamento de Cultura e Turismo de Inconfidentes, a prefeitura municipal vai gastar cerca de R$200 mil na festa, com todo o investimento espera-se que o retorno seja positivo para o benefício dos comerciantes da cidade. “Nossa expectativa é a melhor possível, pois o município sobrevive basicamente da produção de malhas, crochê, tapetes, teares e artesanatos”, acrescenta.

A cidade espera receber nos cinco dias de festa entre 20 e 30 mil pessoas, que vão poder conferir os produtos expostos e comercializados, que serão o crochê, as malhas, os tapetes, os teares, os artesanatos, roupas e produtos da culinária local.

Esta feira, é uma oportunidade para os produtores do município mostrarem a qualidade de seus trabalhos para milhares de visitantes da Crochemalhas. “O objetivo é que o evento seja "uma vitrine" para os empresários da cidade mostrarem sua produção para a região e para o Brasil. Certamente, muitos turistas que visitam a feira retornam a cidade em outros períodos do ano e isso movimenta a economia”, afirma o chefe do departamento de cultura e turismo.

Valmei conta que os comerciantes da cidade estão bastante animados com o movimento que a festa do crochê e das malhas trará para a cidade. “É certo que o comércio da cidade é muito beneficiado com este evento, pois tanto a feira quanto as lojas da cidade recebem grande número de visitantes”.

O objetivo da prefeitura e da Associação Comercial é trazer e fidelizar os turistas que vem para a cidade, assim a economia se torna cada vez mais sustentável. “E Este objetivo será alcançado”, confirma José Valmei.


Matéria produzida em 2010 para crédito a disciplina Jornalismo Especializado - Economia, da Profª. Ana Eugenia Nunes de Andrade.


IFSULDEMINAS sedia Fórum Municipal de Educação


Neuber Fischer

O Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Sul de Minas, em inconfidentes, em parceria com a Secretaria de Educação da cidade, promovem o 2º Fórum Municipal de Educação.

O evento vai acontecer nos dias 28 e 29 de maio no prédio central do Instituto. Com o objetivo fundamental de sensibilizar professores, gestores e estudantes de educação, além de oferecer palestras e oficinas, para os participantes.

O tema do Fórum é “Educação e Emancipação”. Lidiane Teixeira Brasil Mazzeu, professora e coordenadora dos cursos de licenciatura do Instituto, afirma que discutir educação, mesmo em eventos de pequena amplitude, exige estudo e reflexão para fundamentar o que se espera com a atividade, a escolha do tema que norteará a indicação dos nomes dos conferencistas, dos participantes de oficinas e mini-cursos, mesas redondas e dos demais aspectos que constituem sua organização. “O tema “Educação e Emancipação” surgiu a partir da necessidade de discutirmos o papel da educação escolar na formação humana com professores da rede pública, no sentido de afirmar a importância do ensino de conteúdos teórico-científicos como condição para emancipação dos indivíduos”. Essa concepção encontra-se fundamentada em obras de Dermeval Saviani.

Para o Professor e Diretor de Desenvolvimento Educacional Isaías Pascoal, o Fórum de Educação deste ano é uma continuação do primeiro, realizado no ano passado, quando a temática foi "Educação e Humanização". Neste ano, para fortalecer a reflexão do Campus sobre o processo educacional, e para apoiar a introdução dos cursos de licenciatura, a realização do Fórum se tornou estratégica. “O Campus Inconfidentes tem uma boa relação com os poderes públicos municipais. O diálogo tem sido constante e o Fórum é fruto disto” declara.

Segundo Isaías, eventos assim levam ao aprofundamento da reflexão sobre a educação. “Educação não é um processo simples, embora pareça ser. Envolve relações humanas complexas, variadas. Utiliza-se de processos e tecnologias diversos. Visa fins que precisam ser constantemente avaliados. Sem reflexão, o processo educativo pode tornar-se prisioneiro de si mesmo”.

A expectativa maior é que a comunidade educacional do Campus Inconfidentes, da rede municipal, dos cursos de licenciatura e de outras instituições aproveitem o máximo as atividades do Fórum para enriquecer suas concepções e práticas de educação.


Matéria produzida em 2010 para crédito a disciplina Jornalismo Especializado - Cotidiano, da Profª. Ana Eugenia Nunes de Andrade.


Atleta cidadão

Neuber Fischer

Em nove anos de história, a equipe de natação de Ouro Fino já conquistou mais de duas mil medalhas, as últimas vieram depois do excelente resultado obtido no campeonato regional de natação, que engloba o Sul de Minas e Leste Paulista, promovido pela Associação Regional de Natação (ARN), em Atibaia, onde a equipe ganhou 52 medalhas, 26 de ouro, 17 de prata e 9 de bronze. O segredo para o sucesso, uma série de fatores, entre eles, a dedicação de Glauco Pereira de Assis, professor de educação física.

Ele é visto pelos alunos como um professor enérgico, disciplinador, que exige o cumprimento de metas, horários e responsabilidades. Aparentemente tímido e nervoso durante a entrevista, não parava de balançar uma chave e tirar e por os óculos. Glauco Assis é um ourofinense, amante do esporte “Eu sempre, desde menino pratiquei futebol, corrida e foi durante os anos de estudo no seminário que eu me interessei pela atividade física” lembra. Terceiro filho mais velho de uma família de oito irmãos, seus pais Geraldo de Assis e Lourdes Pereira de Assis, religiosos, sempre lhe ensinaram a dividir, por isso, aprendeu cedo a ter disciplina e senso de coletividade.

Formado em educação física pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC) em 1979, desde então não parou de ensinar crianças e jovens a praticarem esportes. Ex-professor de escola pública, Glauco abandonou os dois cargos que tinha devido a falta de incentivo do governo “O professor não é respeitado pelo poder público, quem atua em escolas do estado ou município faz por amor” lamenta. Depois de deixar o ensino público, passou a dar aulas particulares de natação nos clubes de Ouro Fino, porém também não era fácil, “por nossa região ser de clima frio só podíamos treinar no verão, então ficávamos parados metade do ano” relembra.

Em 2001, Glauco inaugurou sua própria academia e com muito esforço, dedicação, palavra esta que é dita com freqüência pelo professor, ele vem obtendo pelo trabalho realizado com seus cerca de 130 alunos, destaque e reconhecimento em todas as competições nas quais participa.

“Na academia, nos atendemos crianças, jovens, adultos e idosos, fazemos desde a iniciação, aperfeiçoamento, competição a treinamentos fisioterápicos, como hidroginástica” conta com satisfação. Aparentemente muito ocupado e requisitado, entre uma resposta e outra o entrevistado atendia ao telefone ou a alguém que o chamava, mas sempre atencioso, respondia a tudo nos mínimos detalhes.

Quatro anos mais tarde veio um dos melhores resultados já obtidos pela equipe, orgulhoso Glauco conta e me leva para assistir um filme em homenagem aos atletas, que seu ex-aluno Luiz Felipe Lima do Couto, 17 anos, natural de Inconfidentes e que hoje treina em um clube de São José dos Campos, conquistou no Troféu Gustavo Borges a medalha de prata e em 2009 Vitor de Melo Baganha, então com seis anos, levou a medalha de bronze, na mesma competição. E as conquistas não param por ai, hoje, sua academia melhor estruturada com apoio de nutricionista, psicólogo, médicos e professores de educação física qualificados e comprometidos com os alunos, a equipe de Ouro Fino, a cada competição alcança degraus mais altos.

O apoio dos pais dos alunos é essencial para que o sucesso chegue “Estamos com um grupo estruturado, porque se você só treinar, mas não ver o lado físico e psicológico dos atletas e o incentivo dos pais indo aos treinos e competições fica difícil atingir as metas” acrescenta.

Os alunos da equipe treinam de segunda a sexta-feira, em uma piscina aquecida e coberta, durante uma hora por dia. Quanto a alimentação, o professor afirma que é difícil controlar as crianças, mas se orienta, tanto os atletas quanto aos pais, a fazer uma nutrição balanceada cinco vezes por dia, com frutas, verduras e legumes, e evitar doces, frituras e gordura.

Glauco enfatiza por diversas vezes, querendo deixar claro, que sua academia não foca somente resultados em competições, medalhas ou troféus, para ele o mais importante é competir “Quando eu vejo que um aluno consegue superar a barreira de cair e atravessar uma piscina, nadando com estilo, independente do resultado final, é muito gratificante, passa um filme na cabeça de quando ele começou e veio galgando nas categorias até chegar a competir” detalha visivelmente orgulhoso e emocionado. “Não tem preço o trabalho que eu faço com as crianças”.

Para ser um bom atleta, é preciso ter o biótipo físico adequado, mas o mais importante é a determinação, a dedicação, a disciplina, a atitude, a responsabilidade, ter garra. Essas palavras são um lema para o professor, que afirma que o dom para a natação existe, mas nem sempre o atleta que tem o dom se destaca, porque só levar jeito não basta “Muitas vezes a criança não tem o perfil de um nadador, mas é dedicado, tem foco e se torna um bom atleta, agora se a criança nasceu para nadar e ainda for disciplinado, nós o lapidamos e ele se torna excelente”.

A equipe de Ouro Fino vai disputar no próximo dia 16 de maio, sábado, em Vinhedo, São Paulo. Com 23 nadadores de sete a 19 anos, que estão treinando e se preparando para atingir o objetivo. O treinador busca no mínino 48 medalhas.

Durante as competições da equipe, teve a oportunidade de conhecer grandes nomes da natação brasileira como Gustavo Borges e Fabíola Molina, com a nadadora, sua equipe participou de uma clínica de natação.

Para o professor, o maior nadador da história é sem dúvida Michael Phelps, mas ele enfatiza que outros também merecem ser lembrado, Alexander Popov, Mark Pitz, e os brasileiros, Xuxa e Ricardo Prado, além da pioneira na natação feminina Maria Lenk.

Quando o assunto é Olimpíada no Brasil em 2016, faz cara de preocupado, “O País não investe na educação, menos ainda no esporte, as estruturas são precárias, os profissionais não tem incentivo, a base é desprezada”. A solução seria além de investir no esporte na escola, trazer técnicos, os melhores de fora, construir centros de treinamento, onde o atleta treine, estude, durma, se alimente, ai sim o Brasil seria considerado de ponta.

Apesar de toda a dificuldade do esporte no Brasil, Glauco diz que em nosso país quem investe na natação é o setor privado, os clubes, as federações e até as famílias, por isso alguns atletas como Cesar Cielo, alcançam excelentes resultados, mas eles pouco dependem do setor público, que só aparece quando o atleta já despontou para o mundo.

O treinador vê com bons olhos o uso da tecnologia na natação, mas tem restrições “Eu não concordava com o uso dos maiôs, nem todo mundo podia ter, e isso era injusto, mas agora já foi banido, ainda bem”. Mas o avanço da medicina, da genética, da biomecânica que estuda o movimento dos atletas, da técnica e mesmo a melhoria das piscinas só contribui positivamente para o esporte. Importante também é ser honesto e respeitar o adversário, não usar doping, não queimar a largada, respeitar as regras, isso faz de um atleta um exemplo de cidadão, e nós queremos e formamos não só nadadores, mas seres humanos e cidadãos conscientes.

No final Glauco enfatiza a mensagem: “Qualquer esporte é importante na vida da criança, do jovem, mas é necessário que os pais saibam quem é o profissional, com quem e onde estão deixando seus filhos, dar todo o apoio, incentivo, para a formação não só do atleta, mas do homem, da mulher, porque com dedicação de todas as partes, os resultados aparecem em competições com medalhas, na escola com boas notas, em casa com bom comportamento, na sociedade com atitudes dignas. E o poder público e a iniciativa privada juntos, podem fazer do esporte uma revolução social no Brasil.

Matéria produzida em 2010 para crédito a disciplina Jornalismo Especializado - Esporte, da Profª. Ana Eugenia Nunes de Andrade.

Jovens de Ouro Fino ensaiam espetáculo inspirado em “Cats e Chicago”

Neuber Fischer

Pela segunda vez, o grupo de jovens “Reflexo e Ação” se reúne para ensaiar e apresentar um espetáculo teatral em Ouro Fino. Inspirado em musicais famosos como “Cats, Chicago e Sway”, a montagem ainda vai exibir cerca de 12 estilos de dança como tango, salsa, rock, samba de gafieira, forró, dança contemporânea e infantil. O grupo ensaia a peça, que vai misturar dança, teatro, música e expressão corporal, aos sábados, das 14 às 16 horas, no Teatro Municipal. Qualquer interessado pode ir assistir ao ensaio e também participar da peça, mas para isso a pessoa deve levar jeito para dança. A previsão de estreia da montagem é no início de 2011.

A atriz e dançarina Camila Pádua conta que todos na equipe tem apenas noções de dança. “Muitas vezes os ensaios são uma comédia. Iniciamos sempre com alongamento e um aquecimento, partindo em seguida para o treino das coreografias” conta. Em alguns momentos o grupo se divide para o melhor rendimento do ensaio. A rotina do grupo não permite por enquanto ensaios em outros dias da semana, devido a trabalho e estudo dos componentes. Porém, como todos são conhecidos e amigos, o ensaio flui sempre bem.

Uma das integrantes do grupo Paula Pádua diz que na peça não vai ter um papel de destaque, mas que está auxiliando na produção do espetáculo. “Não participarei de todas as danças, na maioria dais quais eu participo faço papel secundário, apenas em uma é que estamos decidindo se vou fazer a protagonista. Nos ensaios todos acabamos participando da preparação, damos nossas opiniões, e decidimos juntos o que é melhor para a peça” declara.

Segundo Edgar Augusto, um dos representantes do grupo, a peça não é um musical, “Para que se tornasse um musical faltam duas coisas: um enredo por trás das danças e os cantores” afirma. No elenco, que conta com 10 dançarinos e atores amadores estão: Edgar, Camila, Paula, Danilo, Dani, Carla, Robinho, Melina, Tainã e Jade.

O critério para a escolha dos estilos, segundo Camila foi buscar as danças clássicas mais conhecidas e acessíveis ao público. “algumas danças são adaptações da cena final do filme "Ela Dança, Eu Danço" e do trecho inicial de "Cats"conta.

De acordo com Camila e Edgar, líderes do grupo, ainda não há projeto de cenário, uma vez que o espetáculo ainda está em fase inicial. A trilha sonora está sendo selecionada, via internet, segundo as danças que serão apresentadas. Quanto ao figurino e a maquiagem, depois de definidos ficam a cargo de cada participante, e serão adaptados, pois as trocas vão ser rápidas entre uma dança e outra.

Edgar Augusto conta que a ideia de criar o espetáculo surgiu quando fizeram o trabalho anterior “Os Sapatinhos Vermelhos” em 2010, desde então vem planejando o novo espetáculo. Boa parte dos dançarinos que participaram dos “Sapatinhos” também integra a nova montagem.

O grupo, que é independente, já recebeu apoio de empresas para outro espetáculo, mas para esta montagem, ainda não recebe apoio do setor privado, nem se beneficia de incentivos do setor público.

Inicialmente, o espetáculo que vai ter duração de uma hora, vai ser apresentado quatro dias em Ouro Fino, e existe a intenção de apresentações em outras cidades. A entrada paga vai ser de três reais. “Precisamos ao menos custear nossas despesas” conclui Edgar.


Matéria produzida em 2010 para crédito a disciplina Jornalismo Especializado - Cultura, da Profª. Ana Eugenia Nunes de Andrade.