terça-feira, 27 de outubro de 2009

Direto na Notícia - Cantina Univás




Video produzido em 2008 para crédito à disciplina Laboratório Audiovisual da Profª Jandira Rezende.
Produção: Felipe Cavalcanti, Neuber Fischer, Renan Barbosa e Tiago Veríssimo
Imagens: Neuber Fischer e Tiago Veríssimo
Repórter: Renan Barbosa
Apresentação: Neuber Fischer
Direção: Felipe Cavalcanti e Neuber Fischer


A mulher ainda ganha menos do que o homem

Neuber Fischer

Estamos no século XXI e a mulher ainda é vista como inferior ao homem pela sociedade, prova disso é que as profissionais do sexo feminino, em média recebem salário inferior aos profissionais do sexo masculino desempenhado a mesma função.

Em média, a mulher recebe cerca de 15% menos do que o homem e quanto maior o grau de instrução maior é a diferença, que pode chegar a 30%. A média salarial da mulher no Brasil é de R$ 1.103,00 já os homens recebem em média R$ 1.327,00.

A raiz do problema está no passado preconceituoso da sociedade, que via e ainda vê a mulher como algo menor, a dona de casa, o sexo frágil, a submissa, isso se deve ao machismo que do passado, quando as mulheres não podiam trabalhar fora, tinham que ser eximias donas de casa, não tinham direitos, vem se prolongando até hoje, claro que não na mesma intensidade.

Esse problema é considerado estrutural, de cultura e tradição, difícil de ser mudado rapidamente, mas a mulher ao longo do tempo já superou muita coisa, hoje a mulher vota, pode ser candidata, estuda, trabalha fora, tem direitos trabalhistas garantidos, pode se expressar, mas como nem tudo é perfeito, o sexo feminino ainda tem algumas barreiras para ultrapassar e com união e persistência irão conseguir.

A mulher, que muitas vezes trabalha fora, cuida da casa, dos filhos e do marido e que hoje em dia é também chefe de família, tem que se valorizar. Esses são motivos mais que suficientes para que os empregadores se conscientizem de que a mulher tem o mesmo valor que o homem, que pode executar a mesma tarefa tão bem quanto, ou melhor, que o homem. Assim teremos uma sociedade mais justa, igualitária e fraterna.


Texto produzido em 2008 para crédito à disciplina Filosofia e Pensamento Contemporâneo do Prof. João Batista de Almeida Junior (JB).

Aborto legal sim!

Neuber Fischer

O Brasil novamente se vê envolto em uma polêmica entre a igreja católica e a medicina. Agora é a questão aborto que volta a tona. O caso da menina de nove anos de Alagoinhas em Pernambuco, envolvida no caso de abuso sexual sofrido pelo padrasto, que causou uma gravidez indesejada e um aborto, justificado pela medicina como necessário para a saúde da mãe, que correria sérios riscos de morte caso prosseguisse com a gestação.

A igreja católica imediatamente se posicionou contra e após o aborto consumado, o arcebispo de Olinda e Recife, Dom José Cardoso Sobrinho, excomungou o médico que realizou o aborto, a menina e a mãe dela.

A igreja mais uma vez conservadora e retrograda esqueceu o lado científico da situação, o risco que a menina grávida correria de morrer por não possuir estrutura física para suportar uma gestação, a igreja não parou para pensar que com a seqüência da gravidez, tanto a mãe quanto a criança tinham mais chance de morte do que de vida.

Os médicos envolvidos no caso do aborto agiram corretamente, seguindo a lógica da estatística e da previsão da medicina, e foram categóricos, a menina não sobreviveria a gravidez, é preciso confiar na ciência que de tão avançada pode sim prever casos como esse. Agora, a igreja se responsabilizaria pela vida da menina caso ela prosseguisse com a gestação?

Acredito que não, é fácil excomungar alguém, até porque nem mesmo a presença do excomungado é necessária para tal ato, outra questão é, quem disse que nos dias de hoje com a vida corrida que todos levam, uma excomunhão é levada a sério ou se dá importância a tal fato, provavelmente para um religioso sim, mas para outros não, nada muda na vida de um cidadão excomungado, ele apenas não vai participar da comunhão com a igreja.

Para finalizar, a igreja não excomungou o padrasto, acusado de abusar da menina que sofreu o aborto, ele sim deveria ser condenado eternamente pela justiça, pela igreja e pela sociedade. As contradições da igreja são tantas que não dá pra levar a sério suas atitudes, a igreja que cuide de seus dogmas e deixe a vida acontecer fora do mundinho teológico.


Editorial produzido em 2009 para crédito à disciplina Jornalismo Impresso A da Profª. Vania dos Santos Mesquita.

sábado, 24 de outubro de 2009

Agência Carijó




Vídeo produzido em 2008 para a Extensão em Telejornalismo do Curso de Comunicação Social - Jornalismo da UNIVÁS.
Atividade supervisionada pelo Prof. Camilo Barbosa.
Roteiro e Edição: Edna Motta, Neuber Fischer e Tiago Veríssimo
Imagens: Neuber Fischer
Repórter: Edna Motta

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Excesso de chuva atrasa a colheita de café

Neuber Fischer

A intensidade das chuvas neste inverno tem causado prejuízos aos cafeicultores do Sul de Minas Gerais. Alguns cafeicultores colheram os frutos das lavouras nos primeiros dias de setembro, com 30 dias de atraso. Segundo o Instituto Clima Tempo, a estação que geralmente é seca e ensolarada foi mais úmido que o normal em 2009. Em algumas áreas choveu 100 % a mais do que em anos anteriores e nos próximos meses ainda deve chover acima da média na região.

A demora na retirada dos grãos, que normalmente são colhidos entre maio e setembro, pode comprometer a próxima safra, pois a sua presença nas árvores prejudica a nova florada. Mario Jorge Botelho Weikert, engenheiro agrônomo da EMATER conta que, “O café maduro, que não é colhido, passa a deteriorar, ou ainda, ocorre à queda dos grãos, comprometendo a qualidade, pelo contato com o solo”.

Segundo José Peres Romero Filho, diretor da Associação dos Produtores de Ouro Fino (APROF), “A chuva além de atrasar a colheita, atrapalha a maturação adequada do café e também a secagem dos grãos. Os frutos que ficam no pé, ou que estão no terreiro começam a perder qualidade, assim como a bebida feita desses grãos”. O engenheiro da EMATER afirma que “O problema maior do excesso de chuvas é o tempo úmido, aliado a baixas temperaturas, o que favorece a incidência de doenças. Além disso, dependendo do tipo de solo, pode haver uma maior perda de nutrientes, e também desequilíbrio nos níveis de hormônios, causando alterações fisiológicas no cafeeiro”.

No caso de Ouro Fino que produz, em ano de alta, entre 180 e 220 mil sacas, em ano de baixa a produção pode ser até 60 % menor. José Peres prevê uma queda na produção, em torno de 10 a 15 %. O preço pago pela saca de café está entre R$ 180 e R$ 290. Aos grãos de baixa qualidade são pagos, um valor em média, 40% menor. Esse café de menor qualidade, geralmente é destinado ao mercado interno e é misturado com outros tipos de café.

A região utiliza principalmente a secagem em terreiros e é preciso que o chão seque por completo, para que o café possa ser distribuído e revolvido periodicamente até a secagem, que leva de 10 a 21 dias. José Peres explica que com a demora, “O café que está no terreiro, mesmo que coberto com lona não consegue fugir dos danos da umidade, que para uma boa secagem deve estar em torno de 11 a 12 %. Uma alternativa é levar o produto para secadores, onde os grãos levam de 12 a 30 horas para secar”.

O diretor da APROF acredita que para amenizar os efeitos da chuva “Os cafeicultores precisam aprimorar a secagem, para melhorar o aspecto dos grãos na busca de mercados diferenciados”. Romero afirma ainda que os trabalhadores que colhem o café também são prejudicados, principalmente os que trabalham por produção, com menos café o rendimento deles também cai. Com o excesso de chuva o mato nos cafezais cresce o que muitas vezes obriga uma roçada fora de hora, para possibilitar o acesso aos corredores das plantações.

Segundo Mário, para amenizar a situação, “Existem produtos que promovem a desinfecção dos grãos, mas como são aplicados nas folhas, necessitam de um período sem chuva para a aplicação. Os cuidados maiores devem ser tomados no terreiro, no processo de secagem do café, esparramando em camadas mais finas, e revolvendo constantemente. As melhores alternativas são os secadores mecânicos, comuns em médias e grandes propriedades e o uso de terreiros cobertos com telha translúcida ou lona plástica”.

Os cafeicultores podem buscar auxílio junto aos escritórios da EMATER e Cooperativas que possuem agrônomos ou técnicos agrícolas. Orientações como, Pulverizações visando à proteção da planta contra ataque de fungos e/ou bactérias, análise de solo completa para definição do programa de correção do solo e adubação e cuidados na seca do café, serão passadas ao produtor.


Matéria produzida para a Extensão em Jornalismo Impresso do Curso de Comunicação Social - Jornalismo da UNIVÁS.
Atividade supervisionada pela Profª. Ana Eugênia Nunes de Andrade.
Publicada no Jornal do Estado em Pouso Alegre-MG, em 18 de setembro de 2009
Edição Nº 1876 / Ano 24 / Pág. 6