quinta-feira, 1 de abril de 2010

Malharias do Sul de Minas apostam em produtividade e esperam crescimento de até 30% em 2010

Neuber Fischer

O setor de malharias do Circuito das Malhas do Sul de Minas Gerais está empolgado com a temporada outono/inverno 2010. A expectativa é que com os investimentos, a descoberta de novos nichos de mercado, a aposta na produtividade e o foco no consumidor interno, o crescimento chegue a 30% em produção e faturamento.

De acordo com o presidente do Circuito das Malhas Tadeu Machado, depois da crise no setor, o cenário na região é favorável. A volta por cima é atribuída, entre outros fatores, ao controle alfandegário mais rígido, não permitindo assim que produtos de outros países tenham preços mais atraentes que os produtos locais. “Grande número de nossas empresas já estão com suas produções vendidas e isso traz um ânimo para o setor e gera mais empregos” diz Tadeu.

As cidades já se mobilizam para a época mais fria do ano, máquinas e funcionários trabalham para atender a demanda. Em Jacutinga aconteceu pela primeira vez a “Semana de Lançamento Outono-Inverno 2010” de 20 a 28 de março. O evento apresentou aos lojistas e turistas de todo Brasil, as principais tendências no setor retilíneo. O tricô, antes artesanal e hoje industrial, envolve direta ou indiretamente com a confecção de malhas, os quase 20 mil habitantes de Jacutinga.

Com mais de mil fábricas e 450 lojas, a cidade referência nacional e internacional, exporta para mais de 30 países. Segundo o presidente da Associação Comercial, Industrial e Agropecuária de Jacutinga (Acija), Dennys Bandeira, a estratégia dos empresários está focada, de forma intensa, no conceito de agregar cada vez mais qualidade ao produto. “Hoje, fornecemos para as principais grifes nacionais, além de grandes varejistas brasileiros” comemora Dennys.

“A primeira edição da “Semana de Lançamento Outono-Inverno” alcançou três milhões de peças comercializadas”, afirma Dennys Bandeira. O novo presidente da Acija ressalta que o segredo de Jacutinga está na criatividade e na versatilidade da produção.

Pela primeira vez na história, a força industrial da região migra para se juntar ao pólo atacadista de São Paulo. A ideia partiu de um comitê de empresários que decidiu por uma questão de estratégia comercial levar suas empresas para a capital paulista.

O setor de malharia retilínea representa hoje 70% da economia do Circuito, e juntos detém 40% de toda a produção de malhas do país com a maior concentração de seus clientes nas regiões sul e sudeste. Com essa nova estratégia, Miller Moliani de Lima, um dos representantes de Jacutinga, prevê a possibilidade de ampliar relações comerciais e incrementar os negócios na região.

“Os nossos clientes (lojistas) querem se deslocar cada vez menos e a distância, às vezes, inibe a abertura de novos negócios. Dessa forma, estaremos mais centralizados, conseguiremos atendê-los com mais agilidade, além disso, queremos marcar presença no maior centro atacadista de moda da América Latina” afirma Miller

O FashionBrás é o shopping atacadista de moda mais antigo do Brás, foi totalmente revitalizado e foi o local escolhido pelo comitê para sediar as 20 empresas vindas de Jacutinga e Monte Sião. “A escolha do FashionBrás deve-se, principalmente, pelo "expertise" que o grupo Brascol/Megapolomodas tem na administração de shoppings especializados em atacado”, conclui Moliani.

O espaço Jacutinga e Monte Sião ocupa, desde o dia 29 de março, os 1.500 metros de todo o segundo piso do shopping FashionBrás.

A superintendente do FashionBrás Claudia Moretti afirma que essa parceria potencializa o seu negócio, "o nosso cliente é o lojista, e encontrar num só lugar o resumo das melhores lojas do Brás, e ainda o grupo mais forte de malharias retilíneas do país, com certeza, agregará muito ao nosso empreendimento" finaliza.

Matéria produzida para a Extensão em Jornalismo Impresso do curso de Comunicação Social - Jornalismo da UNIVÁS.
Atividade supervisonada pela Prof.ª Patrícia do Prado Marques Cordeiro.
Publicada no Jornal do Estado em Pouso Alegre-MG, em 01 de abril de 2010
Edição 1975 / Ano 25 / Pág. 6


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