quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Morgan Freeman interpreta Mandela em Invictus

Neuber Fischer

O veterano ator Morgan Freeman foi o escolhido, pelo não menos renomado diretor Clint Eastwood, para estrelar o filme Invictus. Na produção, Freeman interpreta o presidente Nelson Mandela. O longa traz a inspiradora história de como Mandela uniu forças com o capitão da equipe de rúgbi da África do Sul, Francois Pienaar, no filme interpretado por Matt Damon, para unir a nação que está dividida racial e economicamente após o fim do apartheid. Acreditando ser capaz de unificar a população por meio do esporte, Mandela apóia o desacreditado time da África do Sul na Copa Mundial de Rúgbi de 1995, que faz uma incrível campanha até as finais.

Morgan Freeman esteve na África do Sul em várias ocasiões, “estive lá no aniversário de 80 anos de Nelson Mandela, em 1998” conta Morgan. Por isso, criou uma relação de amizade com o líder sulafricano, que quando questionado sobre quem deveria interpretá-lo no cinema, não teve dúvida, respondeu, sem hesitação: "Morgan Freeman". O astro de Hollywood, inclusive, é bastante parecido fisicamente com Mandela, este foi outro motivo por ele ter sido o escolhido.

A ideia de perdão, apesar de não ter sido facilmente aceita na África do Sul pós-apartheid, foi o ponto chave do governo de Nelson Mandela, e é isso que mostra Invictus. “O perdão, como proposto na África do Sul por Mandela, significa riscar uma linha separando o presente e o futuro das faltas passadas e determinar que não se voltará para trás dessa linha. Que aqueles erros não serão repetidos” afirma Freeman.

Segundo Morgan, interpretar uma pessoa conhecida é mais difícil do que um personagem fictício. “Cada pessoa tem suas nuances, seus pequenos gestos, mas eles não são simples atitudes físicas. São manifestações de quem essa pessoa é em seu interior”. Interpretar para Morgan, que diz não ser intelectual, é algo intuitivo. Ele lê o roteiro, compreende a cena e aguarda a ordem de “ação” do diretor. “É simples assim para mim” diz sem modéstia.

Baseado no livro do escritor John Carlin “Conquistando o Inimigo – Mandela e o Jogo que Uniu a África do Sul”, o filme coloca o esporte como peça fundamental na união de um povo. Apesar de todas as diferenças de cor, religião e nível social, naquele momento eram todos unidos pela vitória do time de rúgbi. “Uma arena de esportes é um campo de batalha. Mas, quando a guerra termina, todos ainda estão de pé, talvez um pouco machucados, com algum sangue derramado, mas vivos e capazes de saudar a batalha como justa” finaliza Freeman.

Matéria produzida para crédito à disciplina Técnicas de Edição. Prof. Wagner Belmonte - 7ª período FAPCOM 2011

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