quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Rafinha Bastos é a pessoa mais influente do Twitter no Mundo

Neuber Fischer


Conhecido nacionalmente por apresentar os programas CQC e A Liga da Band, Rafinha Bastos, 34 anos, é um gaúcho que cresceu fazendo humor. Eleito recentemente pelo jornal americano The New York Times a pessoa mais influnente do Twitter, no mundo, o comediante fez das ferramentas da internet o seu trampolim para o sucesso.

Ligado no mundo online, o apresentador não desgruda do microblog, está a todo momento postando mensagens que rapidamente se espalham pelos seus seguidores e formam uma onda nacional. Isso faz dele um sucesso entre os mais diversos públicos. “Reconheço o valor que tenho por fazer uma informação bombar na internet. Tenho orgulho por tudo ter acontecido sem nenhum freio, censura.”

Rafinha, que não sabe contar piada, cria suas tiradas de maneira espontânea, ao ver uma situação na rua, no trabalho, em qualquer lugar. Segundo ele é algo automático, “meu humor tem 140 caracteres, é dinâmico, autoral e criativo. Você não vai me ouvir contando uma piada e dizer: Ah, essa já ouvi.”

Bastos veio para São Paulo tentar a vida igual a tantos outros brasileiros, e como se sabe o início não costuma ser fácil. Antes de chegar na televisão, foi vendedor de roupas em shopping e guarda-volumes em supermercado. Mas ele não desistiu, e soube usar a web como aliada para uma carreira meteórica. “Tudo o que aconteceu na minha vida saiu da minha cabeça. Ninguém me olhou, achou bonito ou me colocou no ar por ter dois metros de altura. Não sou filho de famosos, vim para São Paulo ferrado e as coisas deram certo por minha criatividade e por esse bichinho chamado internet. Não tem como não me sentir satisfeito e especial” conta.

Além de humorista e apresentador, Bastos é formado em jornalismo. A semente do stand up comedy foi plantada por ele e mais cinco pessoas em São Paulo e quatro no Rio. Em 2004, de cada três sessões, uma era cancelada por falta de público. “Foi um processo de descoberta e fracasso”, afima. Nessa época, Rafinha chegou a trabalhar como narrador de telessexo. Ele gravava histórias e diálogos eróticos. “Era divertido e rendia R$ 150 por hora. Éramos três caras e três mulheres. Fiquei seis meses lá. Pulei fora no dia em que criaram uma história de um travesti chamado Rafaela.”

Por seu humor sarcástico e irônico, Rafinha coleciona alguns desafetos, mas garante que não perdeu amigos. Dono de um estilo prepotente e arrogante ele justifica que é assim por ter feito tudo sozinho, confiado em suas próprias ideias. “É um defeito, mas não um problema. Não acho que devo perdê-lo.” Esse seu jeito nunca o atrapalhou, pelo contrário, foi o que o trouxe até aqui. E ácido Rafinha finaliza , “não pretendo mudar tão cedo!”


Matéria produzida para crédito à disciplina Técnicas de Edição. Prof. Wagner Belmonte - 7ª período FAPCOM 2011

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