
Neuber Fischer
A leucemia, que é um grupo de cânceres que afeta as células brancas do sangue, assola cerca de 30 mil pessoas no Brasil, desse total aproximadamente 1600 necessitam de transplante urgente e buscam diariamente um doador de medula óssea, uma missão difícil já que as chances de se encontrar uma pessoa compatível é de uma em 1 milhão. Renata do Couto Rosa Silva, de 25 anos, mãe de três filhos, luta contra a leucemia há cinco anos. Os irmãos de Renata fizeram o teste de compatibilidade e nenhum deles foi compatível.
O prognóstico e tratamento difere de acordo com o tipo de leucemia. Renata, já passou por rádio e quimioterapias, cirurgias e já tentou o transplante autólogo de medula (transplante onde o paciente doa pra si mesmo). Atualmente Renata faz campanhas para conseguir doadores, para ela e para outras pessoas que necessitam de um transplante. Na última campanha realizada em Estiva no dia 22 de maio de 2009 foram cadastrados 1786 doadores, as próximas campanhas serão no dia 25 de setembro em Conceição dos Ouros e
Segundo Renata, a iniciativa de começar as campanhas surgiu depois de uma visita ao Instituto da Criança
Existem duas formas de doar as células-mãe da medula óssea. Uma relacionada à coleta das células diretamente de dentro da medula óssea (nos ossos da bacia) e a outra por filtração de células-mãe que passam pelas veias (aférese). De acordo com o médico clínico geral e cardiologista, membro da equipe do MG Transplantes,
Podem ser cadastradas pessoas de
Os transplantes são feitos único e exclusivamente pelo SUS, Sistema Único de Saúde e são gratuitos. Segundo Dr. Fabrício, hoje em dia as chances de sucesso de um transplante são muito maiores que no passado, “A pessoa transplantada, na maioria das vezes, volta a ter uma vida quase normal, apenas deve comparecer periodicamente a consultas médicas e exames, além de consumir medicamentos”.
A conscientização e a informação são a base de tudo, com a doação pode-se salvar uma vida. Emocionada Renata diz: “O meu doador pode estar do meu lado, mas se ele não se cadastrar e fizer o teste eu não vou saber”.
Renata afirma que toda semana quando vai à São Paulo, os médicos dizem “ Não adianta você vir aqui, não tem jeito, não tem nada para fazer sem doador, mas eu não desisto, se não for por mim, minha luta vai ser pelos outros.
Ao encerrar a entrevista Renata agradece a Deus e seus três filhos, a família e amigos pela força e apoio dados em todo o tempo desde a descoberta do câncer.
Matéria produzida em 2009 a partir de informações obtidas em coletiva de imprensa, para crédito à disciplina Jornalismo Impresso A da Profª Vânia dos Santos Mesquita.
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